Data de publicação: 26-02-2008 00:00:00

Atleticanos caminham a passos largos rumo à construção do estádio.

Centro de Integração Empresa Escola de Minas Gerais -  CIEE

O projeto de construção de um estádio para o clube Atlético Mineiro feito por seus torcedores pode estar mais perto de ser aceito.

Um grupo formado por quase 30 profissionais atleticanos entre engenheiros, arquitetos, analistas de sistemas, economistas e até estudantes se organizou e durante vários meses desenvolveu um projeto de um estádio baseado nas mais modernas e baratas concepções do mercado.
 
O projeto é complexo, inclui um modelo de negócio, planta e um estudo de engenharia que prevê um fluxo financeiro para 12 anos de funcionamento. O sucesso foi tão grande que o grupo terá a sua primeira chance de mostrar aos dirigentes do Galo a sua viabilidade.

A comissão de patrimônio do Atlético, cujo presidente é Frederico Peçanha Couto, aprovou uma apresentação oficial para os dirigentes do clube, com data ainda indefinida. Será a oportunidade do grupo de provar aos dirigentes alvinegros que a proposta pode dar certo e que o clube pode aderir ao projeto.
 
No site www.estadiodogalo.com.br podem ser encontradas todas as informações sobre o projeto. O site foi estruturado para fazer uma pesquisa de mercado como se fosse real. Um banco de dados armazena a reserva da cadeira no local exato onde o torcedor deseja ficar.
 
Desta maneira é possível prever até o comportamento da torcida e sua capacidade de pagamento. Esta pesquisa de mercado inédita no país espera mostrar quantos torcedores poderiam aderir ao projeto. A primeira demonstração do projeto ocorreu no dia 26 de janeiro na Praça da Liberdade em Belo Horizonte. Lá foram expostas as plantas do estádio e foram dadas mais informações sobre o assunto.
 
De acordo com os idealizadores, o estádio teria capacidade para 82 mil expectadores. O interessante é que os torcedores contribuirão de forma efetiva para a sua construção. Seriam comercializadas 35 mil cadeiras para os interessados, que pagariam valores entre 35 e 250 reais durante quatro anos descontados em débito automático em conta. Assim os torcedores teriam direito a cadeira no estádio pelo mesmo período após a inauguração do estádio, podendo ser renovado o contrato.

O valor aproximado do estádio seria de 200 milhões de reais, sendo que o clube financiaria 117 milhões de reais, e o restante seria pago por patrocinadores que teriam direito em explorar suas marcas no estádio durante 10 anos. O projeto prevê a construção do estádio em apenas 24 meses. O projeto está fazendo tanto sucesso que já foram reservados mais de R$2 milhões em cadeiras pelo site.
 
No projeto do estádio o torcedor contará com um estacionamento para 1.500 veículos, quase 150 lojas, 42 camarotes e até duas boates, além de dois placares eletrônicos de 8x10 metros (semelhantes ao do Engenhão) e oito elevadores para uso no shopping e acesso às cabines de rádio e TV.
 
Os idealizadores do projeto já contam com o apoio das maiores torcidas organizadas do clube. Um dos fatores que motivaram o grupo a realizar o projeto foram os valores arrecadados pelo Galo em jogos no Mineirão. Segundo dados de borderôs de alguns jogos, o clube fica apenas com 1/3 da receita faturada nas partidas. Além de uma economia nessa receita com a construção de seu estádio, o Galo ainda lucraria com a venda de produtos nas possíveis lojas do clube no estádio e principalmente com aluguel das lojas e camarotes.
 
Outro fator preponderante para o projeto foi a questão dos ingressos. Verificando os borderôs de 2006 e 2007 dos jogos do Galo no Mineirão nos Campeonatos nacionais comprovou-se que o clube recebeu apenas 33% da renda líquida do total arrecado nas partidas.

Segundo informações dos idealizadores do projeto, atualmente a empresa contratada para automatizar a venda de ingressos pela Internet e facilitar o acesso ao estádio está atrapalhando ao invés de resolver o problema.

No ultimo jogo do Galo com 20 mil pagantes as pessoas com ingressos para os portões 6 e 3, que dão acesso ao mesmo local nas cadeiras superiores, foram obrigadas a entrar no portão assinalado no ingresso, gerando com isso grande tumulto e atraso na entrada no estádio.

O torcedor só conseguiu entrar no estádio depois de 20 minutos de partida. "O Mineirão está obsoleto. O estádio que antigamente recebia públicos de 100 mil espectadores, hoje se complica com públicos de 15 mil. Tudo está sendo feito de forma amadora e prejudicial aos clubes. Só esta empresa que automatizou a venda e acesso aos ingressos cobrou, por exemplo, no jogo do Galo em 2007 contra o Vasco da Gama no Mineirão com público superior a 48 mil pagantes o valor referente à entrada de oito mil torcedores e fazendo um trabalho de péssima qualidade. Isso é um absurdo", afirma Márdel Cardoso, idealizador do projeto do Estádio do Galo.
 
Um estádio próprio fará o clube economizar quase R$600 mil reais por ano só com gestão dos ingressos, pois o projeto prevê uso de um cartão de fidelidade que valida o acesso do torcedor de acordo com uma base de dados do próprio estádio.

Na locação do estádio, mesmo que hoje o Mineirão cobre apenas R$5 mil reais por jogo, o clube ainda terá uma despesa de R$200 mil por ano. Segundo os membros do projeto o ato de baixar algumas taxas do Mineirão veio atrasado. Eles reclamam que ainda aumentaram o custo do quadro móvel para R$15 mil reais. Somando-se o INSS o custo chega perto de R$20 mil por partida.
 
Esses argumentos contribuem ainda mais para a construção da Arena atleticana. Segundo o projeto o clube passará a ter uma receita de R$350 mil reais mensais livres de despesas e depois de 10 anos cerca R$16 milhões de reais anuais com publicidade.
 
O novo estádio seria também uma fonte de novos empregos. Além das pessoas que trabalhariam nas lojas do shopping, o estádio contará com quase 80 funcionários para trabalhar no estacionamento, na segurança, cobrança dos caixas do estacionamento, limpeza e informática.

 

Por: Jefferson Delbem

 

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