Data de publicação: 05-11-2014 00:00:00

Jeitinho desonesto de ser do brasileiro

Centro de Integração Empresa Escola de Minas Gerais -  CIEE

Foto: Divulgação

A expressão “Jeitinho brasileiro” é antiga e ainda faz parte da vida de muitas pessoas. No passado a expressão ressaltava o jogo de cintura e a habilidade de improvisar do brasileiro diante das dificuldades. Até então era algo positivo, uma maneira criativa de viver de um povo cercado pela pobreza, pela falta de estrutura e por uma economia fraca. 

Mas com o passar do tempo, felizmente as coisa evoluíram e o tal “Jeitinho brasileiro” infelizmente começou a ganhar uma nova conotação. A expressão passou a significar o “Jeitinho desonesto de ser do brasileiro” que quer levar vantagens em tudo, de qualquer forma.

Ao longo do tempo o brasileiro tem mostrado sua nova face. Com a evolução tecnológica e principalmente dos meios de comunicação, podemos saber e acompanhar as várias histórias de corrupção noticiada e comentadas por todos.

Corrupção, corrupto e corruptor. Parece que os brasileiros esqueceram o jeitinho criativo e honesto de ser para se tornar em pessoas egoístas e individualistas capazes roubar, desviar, superfaturar, corromper e de deixar ser corrompido.

Muitos acreditam que não são roubos pequenos delitos como: Pedir nota fiscal com valor maior no restaurante ou no posto de gasolina com o objetivo de ter lucro no acerto de contas com a empresa para quem presta serviços.

Essas práticas desonestas são mais comuns que imaginamos. Pessoas ditas de bem fazem isso todos os dias. Funcionários importantes de boas empresas privadas e servidores públicos de alto escalão usam esse “Jeitinho brasileiro” e consideram isso normal.

Parece que a mistura de negros, índios e português, no início da colonização do Brasil e com o passar do tempo, com outras raças, não tem melhorado o pedigree do povo brasileiro.

Exemplos de más índoles são os nossos políticos. Eles corrompem empresas que não se importam em serem corrompidas e roubam, roubam dinheiro público que poderia matar a fome e salvar vidas.

Já os eleitores se deixam corromper negociando seus votos por qualquer coisa que possam beneficiá-los.

O “Jeitinho brasileiro” é uma praga nacional que permeia em todas as classes sociais, podendo ser identificado em crianças, jovens, adultos e até na melhor idade.

Antigamente todos os velhinhos eram bonzinhos. Hoje vemos senhores e senhoras sendo presos traficando drogas, falsificando e enganando pessoas, aproveitando da boa fé de muitos que ainda não foram contaminados pelo “Jeitinho brasileiro”.

Parece que ser honesto no Brasil está fora de moda. Parece que para ser esperto precisa ser desonesto. Onde anda a boa índole e a honestidade do brasileiro? Parece que somente as cargas genéticas dos portugueses enviados para o Brasil, para cumprirem pena pelos seus delitos, prevaleceram.

Por causa do bendito “Jeitinho brasileiro”, o brasileiro deixou de ser um povo honesto para ser um povo esperto, corrupto e corruptor. Infelizmente esse é o “Jeitinho desonesto de ser do brasileiro”, atualmente.

Robson Rodrigues
Jornalista/Editor

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