Foto: Bernardo Dias
Na última quinta-feira, 1º janeiro, tomaram posse os novos membros da Mesa Diretora do legislativo da capital mineira, eleitos para o biênio 2015-2016.
O novo presidente da Casa, o vereador Wellington Magalhães (PTN), não perdeu tempo e anunciou que haverá mudanças nos procedimentos relativos à verba indenizatória, melhorias no setor de informática e será criada a polícia legislativa.
Segundo Magalhães, sua gestão será pautada na transparência e afirmou que o grande desafio será aproximar a população da Câmara Municipal e discutir projetos polêmicos junto às comissões permanentes.
“No próximo biênio pretendo comandar o Legislativo Municipal juntamente com os 40 demais parlamentares. Faremos mudanças na Casa, exonerações de cargos ligados à presidência, alteração de procedimentos relativos à verba indenizatória, como, por exemplo, a licitação de gasolina e de motoristas”, afirma.
Além do presidente Wellington Magalhães, fazem parte da nova Mesa Diretora o vereador Henrique Braga (PSDB) - 1º vice-presidente, o vereador Pablo César Pablito (PV) - 2º vice-presidente, o vereador Coronel Piccinini (PSB) - secretário geral, o vereador Dr. Nilton (PROS) - 1º secretário e o vereador Pelé do Vôlei (PTdoB) - 2º secretário.
Auditoria
Wellington Magalhães anuncia também que pretende realizar uma auditoria na Câmara Municipal de BH com o objetivo de apurar possíveis irregularidades da gestão do ex-presidente, vereador Léo Burguês de Castro (PTdoB).
Burguês manifestou seu apoio e solidariedade à nova gestão, ressaltando que, independentemente de partido político, a responsabilidade dos vereadores é com a cidade de Belo Horizonte.
“Entregamos a Casa mais transparente, justa e moderna. Implantamos o Portal Transparência, a Ouvidoria, a Câmara Itinerante e a TV digital. Cortamos o 14º e 15º salários dos vereadores, aprovamos o voto aberto e a Lei Ficha Limpa Municipal, a mais rigorosa do país”, enfatizou Burguês.
Caso das coxinhas
Em 1º de fevereiro de 2012, o vereador Léo Burguês de Castro, ao retornar das férias parlamentares, o então presidente da Câmara dos Vereadores de Belo Horizonte, Léo Burguês, teve que se defender das denúncias de irregularidades no uso das verbas indenizatórias.
De acordo com documentos usados na prestação de contas com a Casa, Burguês teria apresentado notas fiscais totalizando R$ 62 mil referentes ao pagamento de salgados no buffet da madrasta dele.
“A nossa compra era feita por um departamento de compras e, ao ver naquele momento que estava sendo comprado neste Buffet, eu mandei suspender as compras. Isso foi por volta de julho do ano passado”, explicou Burguês.
Aclamação popular
No carnaval do mesmo ano, o músico Flávio Henrique, escreveu a marchinha de carnaval 'Na coxinha da madrasta”. Trecho: "Não sei se é ladrão/Pervertido ou pederasta/Tem gente metendo a mão/Na coxinha da madrasta/Milhares de reais por mês/Pro lanchinho do burguês/Milhares de reais por mês/ Pro lanchinho do burguês/O nosso dinheiro ele gasta/Na cozinha da madrasta".
Segundo Henrique, o advogado de Léo Burguês o telefonou pedindo que a marchinha fosse retirada da internet alegando que a letra causava danos morais ao vereador.
“Segui a orientação do meu advogado e retirei a minha publicação. Mas foi tarde demais, a marchinha já havia se espalhado pelas redes sociais. Por aclamação popular a marchinha “Na coxinha da madrasta” foi campeã do concurso no gênero”, conta o músico.