Data de publicação: 28-04-2013 00:00:00

Após seis dias de julgamento, Bola é condenado a 22 anos de prisão

Centro de Integração Empresa Escola de Minas Gerais -  CIEE

Promotor Henry Wagner Vasconcelos de Castro em entrevista coletiva

Foto: Robson Rodrigues

O réu Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, é considerado culpado pela morte e pela ocultação do cadáver de Eliza Samudio. A decisão dos jurados saiu por voLta das 22 horas desse sábado (27) e o advogado Ércio Quaresma diz que já recorreu do júri.

A leitura da sentença foi feita pela juíza Marixa Fabiane Rodrigues Lopes e Bola chora ao saber que vai cumprir 19 anos de prisão em regime fechado pelo homicídio e mais três anos de prisão em regime aberto pela ocultação do cadáver. O júri popular que condenou o ex-policial foi formado por sete moradores de Contagem.

Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, disse em seu interrogatório que \"jamais\" mataria alguém, muito menos receberia por isso. Ele negou ter matado Eliza Samudio e diz que está preso injustamente há três anos.

Coletiva

Segundo o advogado Ércio Quaresma, o principal defensor de Marcos Aparecido dos Santos, o réu queria a absolvição.

“O excesso de exposição do caso na mídia, inclusive no site do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, fez com que Bola fosse condenado pela opinião pública. Repudio o jornalismo sensacionalista”, desabafa Quaresma se referindo ao Jornal Hoje Em Dia, a Record e a Rede TV.

A advogada Maria Lúcia Borges, que representa a mãe de Eliza Samudio, Sônia de Fátima Moura, disse que sua cliente tinha esperança que o réu revelasse onde está o corpo da filha. \"Ela tinha esperança, mas eu disse a ela que dificilmente isso seria revelado\", afirmou.

O promotor Henry Wagner Vasconcelos de Castro diz que está com a \"sensação de dever cumprido mais uma vez\", após a condenação do ex-policial.

Embate

O promotor de Justiça Henry Wagner Vasconcelos de Castro e os advogados Ércio Quaresma e Fernando Magalhães se desentenderam durante o julgamento que foi marcado por ofensas de ambos os lados.

“Eu nunca vi drogado ser herói. Eu nunca vi mentiroso crápula ser herói” disse o promotor se referindo ao passado do advogado que foi usuário de crack.

“Provei que a promotoria é canalha, o promotor escondeu provas dos jurados\", disse o advogado que comparou o promotor Henry Wagner com o personagem da literatura infanto-juvenil britânica Harry Potter.

Interrogatório do réu

Bola diz que ouviu o delegado Edson Moreira, no momento de sua prisão, pedir que alguém intermediasse para que Bruno pagasse R$ 2 milhões para o goleiro e o ex-policial fossem inocentados no inquérito. À época a Polícia Civil e nem o próprio comentaram a acusação.

Bola afirmou que conhecia o policial Gilson Costa há 22 anos, e o policial aposentado José Laureano, o Zezé, há cerca de três ou quatro anos. Os policiais são investigados pelo Ministério Público por participação no caso.

Marcos Aparecido reclamou do tratamento que recebeu dos delegados principalmente, Edson Moreira, que foi professor do réu na academia de polícia, em Minas, quando por várias vezes se desentenderam.

Destituição de Artero

A juíza Marixa Fabiane leu uma petição enviada por Sônia de Fátima Moura, mãe de Eliza. No documento pedia a destituição do advogado José Arteiro como seu procurador deixando a advogada Maria Lúcia Borges com única representante.

Arteiro confirmou que falta o pagamento dos honorários. “Advogado tem despesas para fazer seu trabalho”, justificou.

Mas a advogada disse na coletiva que o real motivo da destituição foi as declarações de Artero na mídia. Segundo Sonia, o seu colega teria falado algo que desagradou a mãe de Eliza. “Tentei reverter a situação, mas não foi possível”.

Quanto à criticas ao promotor Henry Wagner, Artero foi enfático. “Critico qualquer um que errar”. Ele questiona o porquê que o Ministério Público não denunciou o policial aposentado Zezé.

 

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