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O problema é comum entre as mulheres. Os tumores que se formam no sistema genital feminino não são cancerígenos em sua grande maioria, apenas 0,5% são malignos, mas o problema pode provocar infertilidade.

Acredita-se que um terço da população feminina tem ou terá um mioma, a maior incidência é a partir dos 30 anos. As negras tem mais chance de desenvolvê-lo, o risco é de três a cinco vezes maior do que em mulheres brancas.

As causas da formação dos tumores não são precisas. Os pesquisadores acreditam que existe uma predisposição genética e maior sensibilidade à estimulação hormonal (principalmente estrogênio) nas mulheres que apresentam esses tumores.

Dependendo de onde surgem, eles podem fazer parte do quadro de infertilidade. Os submucosos (existem 3 tipos de mioma - subseroso, Intramurais e submucosos), por exemplo, podem ser causa de abortamento de repetição. Eles estão justamente abaixo do revestimento interno do útero (endométrio). É o tipo menos comum, mas o que pode causar mais dificuldades.

As mulheres que sofrem do problema não precisam se desesperar. O mioma pode causar infertilidade, mas isso não acontece em todos os casos, como explica o ginecologista Marcos Sampaio.

”É importante ressaltar que nem sempre a mulher com mioma uterino precisa de tratamento para engravidar. Às vezes, eles são tão pequenos que não atrapalham. Eles são assintomáticos, revelados geralmente pela ultra-sonografia e demandam o que se chama de tratamento expectante, isto é, o que se limita a observar a evolução do quadro”, explica o médico.

Os tumores não seguem um padrão de tamanho. Podem ser pequenos como uma ervilha ou grandes como uma bola de vôlei. O crescimento acentuado parece ser devido ao aumento dos níveis hormonais. Após a gestação, geralmente os miomas retornam ao seu tamanho anterior.

Sintomas

Os mais comuns são:
- Períodos menstruais prolongados e com fluxo aumentado; sangramento fora de época, algumas vezes com coágulos, podendo levar à anemia; aumento de intensidade das cólicas menstruais;
- Dor em baixo ventre, com uma sensação de pressão ou desconforto causado pelo tamanho e peso dos miomas que pressionam as estruturas adjacentes;
- Dor durante o ato sexual e aumento do volume abdominal, que pode ser mal interpretado como ganho progressivo de peso.

Diagnóstico

O médico pode perceber o mioma no exame de toque - aquele em que apalpa o útero - feito no consultório. Também pode ser visto no exame de ultrassom. Quando é do tipo submucoso, a confirmação é feita pela histeroscopia, que avalia o útero internamente.

Tratamento

Medicamentoso - esse é, geralmente, o primeiro passo no tratamento dos miomas. Os objetivos são controlar o sangramento, inibir o crescimento dos miomas ou reduzir o seu tamanho (especialmente antes da cirurgia).

Cirúrgico - indicado nos casos sintomáticos, nos miomas muito grandes, na presença de sinais de degeneração (alterações do tecido do mioma, e nos casos em que o mioma é causador de infertilidade).

Fonte: Assessoria Clínica Origem