Data de publicação: 04-07-2013 00:00:00

Distúrbio Osteomuscular Relacionado ao Trabalho (DORT)

Jornal Diário de Contagem On-Line

Foto: Divulgação 

Renata Mônica Silva Amaral¹

Os Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho (DORT), por definição, são um fenômeno pertinente ao trabalho, caracterizado pela ocorrência de vários sintomas concomitantes ou não, que afetam nervos, tendões, músculos e estruturas de suporte, sendo mais comum nos membros superiores e coluna.

Na avaliação de alguns estudos, as principais ocupações associadas ao DORT são: trabalhadores de montagem de aviões, de carros, engarrafadores, empacotadores, trabalhadores da construção civil, polidores, açougueiros, caixas, motoristas, músicos, secretárias.

As manifestações do DORT podem variar de indivíduo para indivíduo, e nem todos apresentam sinais visíveis dos distúrbios, mas alguns sinais e sintomas são comuns a todos.

O primeiro sintoma é a dor, que pode se iniciar com pontadas intermitentes, sendo muitas vezes, acompanhada de fadiga muscular e desconforto, cuja recuperação se dá por meio de curtos períodos de repouso. Caso os fatores agressivos não sejam removidos, a dor que a princípio é leve e moderada e sempre relacionada ao movimento, passa a ser semicontínua ou contínua, muito intensa, irradiada e difusa, com períodos de exacerbação quando são executados determinados movimentos, ao final da jornada de trabalho ou mesmo quando fora do trabalho. Uma das queixas mais frequentes neste estágio é a dor noturna e de remissão demorada, que impede o sono e promove significativo desgaste psíquico.

Além da dor, outras manifestações subjetivas do DORT são sensações de peso e cansaço no membro afetado, formigamento, distúrbios circulatórios, inchaço, calor localizado, vermelhidão, sudorese, perda de força muscular, crepitações, choques, alterações de sensibilidade, transtornos emocionais, depressões e insônia.

O diagnóstico tardio contempla a impossibilidade de cura da patologia adquirida, o que direciona a uma abordagem preventiva destes distúrbios. Nesta perspectiva, devem-se levar em conta todos os elementos do sistema produtivo: o indivíduo, a tarefa, a atividade, a organização do trabalho e as condições físico-ambientais .

¹ Mestre em Ciências da Saúde: Promoção da Saúde e Qualidade de vida pela Universidade Vale do Rio Verde (UninCor), Especialista em Ergonomia aplicada à Saúde do Trabalhador pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PucMinas) e Fisioterapeuta pela Pontifícia Universidade Católica Gerais (PucMinas). Atualmente é professora das disciplinas de Anatomia e Fisiologia Humana da Nova Faculdade .

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