Data de publicação: 09-08-2013 00:00:00

Staphylococcus aureus e o risco de infecção

Jornal Diário de Contagem On-Line

Foto: Divulgação/mdsaude.com

¹Flávia Vanessa Lara
²Renata Mônica Silva Amaral
³Rosana Costa do Amaral
³-¹Adriana Alves Oliveira Paim

O Staphylococcus aureus é uma bactéria gram positiva, têm forma esférica (são cocos), cerca de 1 micrómetro de diâmetro, e formam grupos com aspecto de cachos de uvas com cor amarelada, devido à produção de carotenoides, sendo daí o nome de \"estafilococo dourado\".

As cepas de S. aureus crescem em meios comuns, caldo ou ágar simples, pH = 7, à temperatura ótima de 37ºC. As colônias formadas em placa, após 18-24 horas de incubação, apresentam-se arredondadas, lisas e brilhantes.

Os Staphylococcus aureus colonizam em cerca de 40% dos adultos principalmente nas regiões das fossas nasais, garganta, intestino e pele. Muitas pessoas convivem naturalmente com o agente, porém quando ocorre deslocamento deste para outras regiões do organismo o S. aureus pode se tornar extremamente patogênico.

A colonização nasal pelo S. aureus é desprovida de sintomas, ou seja, o individuo não desenvolve infecção. Essa colonização assintomática tem grande importância clínica, uma vez que, com as narinas colonizadas, o indivíduo contamina as próprias mãos e passa a ser veículo de transferência da bactéria no mecanismo de infecções por contato.

Pode provocar doenças, que vão desde uma simples infecção (espinhas, furúnculos e celulites) até infecções graves (pneumonia, meningite, endocardite, síndrome do choque tóxico, septicemia, infecções ósseas, artrites sépticas, infecções de próteses ósseas e outras).

Em hospitais, principalmente em berçários e unidades de terapia intensiva (UTIs), é rotina o isolamento de pacientes colonizados. Pacientes que fazem uso de cateteres endovenosos podem ser infectados pelo S. aureus por meio de sua invasão a partir do local de inserção do cateter. A bactéria é capaz de migrar pelo cateter até chegar à circulação sangüínea, podendo levar a quadros graves de bacteremia, principalmente se a microbiota abrigar cepas resistentes à meticilina, denominadas MRSA (S. aureus resistente à meticilina).

O S. aureus também traz riscos para pacientes que fazem diálise, queimados, diabéticos e HIV-positivos, visto que pode causar diversos processos infecciosos, que variam desde infecções cutâneas crônicas (relativamente benignas) até infecções sistêmicas (potencialmente fatais). A bacteremia pode causar infecções em sítios anatômicos distantes, como endocardites, os teomielites, pioartrites e formação de abscessos metastáticos, em particular em pele, tecidos subcutâneos, pulmões, fígado, rins e cérebro.

A resistência do S. aureus aos antibióticos tem sido desenvolvida por mutações em seus genes ou pela aquisição de genes de resistência de outras bactérias da mesma espécie (ou até de outras). Geralmente, a resistência que ocorre por mutação gera uma alteração no sítio de ação do antibiótico, enquanto a resistência por aquisição de genes de resistência frequentemente envolve a inativação ou a destruição da droga, sendo transmitida por plasmídeos e transposons.

Estudos genéticos demonstram que a atual prevalência de MRSA resultou principalmente da disseminação de alguns clones, com a descrição de apenas cinco clones no mundo.

De acordo com o apresentado a bactéria Staphylococcus aureus é de fácil circulação podendo, principalmente em ambiente hospitalar, gerar casos graves e atéfatais. Isso faz com que seja fundamental a preocupação dos profissionais de saúde em relação à sua importância no processo de contaminação dos pacientes.

¹²³³-¹ Professoras da Nova Faculdade

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