Data de publicação: 22-08-2013 00:00:00

Acesso à educação pode gerar melhorias na saúde da Terceira Idade

Jornal Diário de Contagem On-Line

Foto: Divulgação/portaldoenvelhecimento.org.br

¹Isamara G. M Coura
²Daniele Rezende Silva

É notável o crescimento de número de brasileiros na fase que ficou conhecida como “Terceira Idade”. A mudança de nomenclatura de idosos ou velhos para a “Terceira Idade”, segundo estudiosos, se justifica, uma vez que essa população não se enquadra no perfil de velhos que a sociedade estava acostumada a ver. São pessoas que alcançam os sessenta anos ou mais com vitalidade e disposição para atuar na sociedade.

Um dos espaços de atuação desse grupo etário são atividades voltadas para área educacional como cursos de informática, bordado ou até mesmo escolas regulares a partir da Educação de Jovens e Adultos. Em 2007 foi realizada uma pesquisa de mestrado na Faculdade de Educação da UFMG com pessoas com mais de 60 anos que voltaram a estudar em salas de aula da EJA.

A pesquisa visava saber o que leva pessoa nessa fase da vida a voltar à escola. Quais seriam suas expectativas e quais as motivações teriam? Inicialmente apontaram motivos mais relacionados ao saber escolar. Mas aos poucos começaram a apontar que voltar a estudar trazia benefícios para além da leitura, da escrita ou da aprendizagem em geral. Percebiam que ganhavam mais qualidade de vida.

Muitos dos entrevistados relataram que estudar os fazia reativar a memória. Outros apontaram que a relação com as novas aprendizagens lhe trazia mais segurança, aumentando sua auto-estima, e consequentemente melhorava sua condição psicológica. As próprias amizades feitas no espaço escolar também contribuíam para melhorias na sua saúde mental. Alguns dos entrevistados afirmaram que ao estar na sala de aula acabavam até mesmo se esquecendo de alguns problemas e assim, aqueles momentos seriam uma espécie de terapia. Interessante também é destacar que o aprendizado os auxilia a cuidar melhor de si mesmo.

Tendo em vista que tem se aumentado a expectativa de vida dos brasileiros, pensar em políticas públicas para a “Terceira Idade” é pensar também sobre saúde dessa população. A ampliação de espaços educativos e de convivência certamente trará melhores condições de saúde física e mental para essa parcela de nossa população. Faz-se necessário não apenas conhecer, mas refletir sobre o lema da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia que diz que devemos “acrescentar vida aos anos e não apenas anos à vida”.

¹Formada em História e Mestre em Educação pela UFMG. Professora da Nova Faculdade e Faculdade Pitágoras Betim.

²Formada em Enfermagem e Mestre em Enfermagem pela UFMG. Professora da Nova Faculdade e Faculdade Pitágoras Betim.

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