Foto: Divulgação/dentisterie1.blogspot.com
¹Mariana de Oliveira Almeida
²Fabiana Almeida
³Franklin Teixeira
Conhecida no meio médico desde a década de 1960, só há pouco mais de um ano ganhou espaço nos consultórios odontológicos do país. Trata-se da toxina botulínica, um veneno produzido pela bactéria Clostridium botulinium, que, em pequenas doses, auxilia no combate a diversos problemas.
Na Odontologia, o seu uso mais comum é no tratamento de ”Distúrbios Parafuncionais”, como o Bruxismo e o Apertamento. Estes distúbios atingem cerca de 30% da população brasileira, e se caracterizam pelo hábito de ranger (Bruxismo), ou cerrar os dentes (Apertamento). Ao aplicar a toxina nos músculos que promovem o fechamento da mandíbula, a tensão diminui. Assim, o tecido não tem força suficiente para promover o atrito entre os dentes, capaz de causar desgaste.
A substância é aplicada de cada lado da face, nos principais músculos da mastigação para fazê-los perderem a força excessiva, aliviando o Bruxismo e o Apertamento.
Outra aplicação da toxina Botulínica na Odontologia é no “Mascaramento do sorriso Gengival”. Pacientes que ao sorrirem mostram a gengiva em excesso (o chamado de sorriso gengival) podem livrar-se da cirurgia nos casos em que a distância do lábio até a gengiva não exceda três milímetros durante o sorriso. Uma pequena aplicação no músculo interno do buço, responsável por tracionar o lábio superior para cima, impede que ele suba e, mantendo-se no lugar, expõe menos a gengiva.
A toxina botulínica atua bloqueando a liberação da acetilcolina, neurotransmissor que transporta mensagens entre o cérebro e as fibras musculares. Sem ordens para se movimentar, o tecido relaxa. Sua ação diminui com o passar do tempo. Por isso, são necessárias novas aplicações periodicamente. O intervalo mínimo é de 90 dias.
¹²³ Professores da Nova Faculdade