Data de publicação: 21-10-2013 00:00:00

Enfim, a prescrição farmacêutica!

Lava Jato Dias

Foto: Divulgação/saudeinfantil.blog

¹Claudmeire Dias Carneiro de Almeida

No dia 25 de setembro de 2013 foi comemorado o Dia Internacional do Farmacêutico. Dia importante para o profissional que contribui com a saúde da população ao estar presente nas farmácias e drogarias, dispensando medicamentos e orientando os usuários quanto ao seu uso correto. Entretanto, esse ano, em particular, a categoria tem muito a comemorar. Nesse mesmo dia, foi publicado no Diário Oficial da União a Resolução 585, do Conselho Federal, que autoriza o farmacêutico a prescrever alguns tipos de medicamentos, tais como analgésicos, antitérmicos e fitoterápicos.

Na verdade, o que o Conselho regulamentou já é uma prática rotineira nos estabelecimentos comerciais. Muitas vezes, os usuários entram em uma farmácia buscando solução para algum transtorno dito “menor”, tal como febre e dor, por exemplo. Até então, o profissional indicava, mas, não registrava sua conduta. Agora, de acordo com a nova resolução, o farmacêutico poderá realizar intervenções farmacêuticas junto ao paciente, registrando-as devidamente e se responsabilizando, civil e criminalmente, por isso.

Mas, quais os benefícios da prescrição feita por um farmacêutico? Ora, vários! O principal é, sem dúvida, disseminar o uso racional de medicamentos, pois, sabe-se que, no Brasil, muitas pessoas morrem ou se intoxicam gravemente devido à automedicação. Além disso, o paciente poderá contar com um profissional altamente qualificado no que se refere ao conhecimento sobre o uso do medicamento e sua incorporação à equipe multiprofissional só aumentará a segurança para o usuário de remédios.

Entretanto, mesmo com os muitos ganhos gerados pela publicação da nova resolução, a classe médica se manifestou contra a prescrição farmacêutica. Alegam que, em muitos casos, febre e dor, são sinais e sintomas de doenças consideradas graves. Realmente isso acontece, mas, ninguém melhor para avaliar a situação e, se necessário, decidir pelo encaminhamento do paciente ao médico, que o próprio farmacêutico. Ele é um profissional que passa nada menos que 5 anos de sua vida nos bancos de uma instituição de ensino superior se dedicando ao estudo dos medicamentos. Estudos esses que vão desde a produção dos fármacos até o controle do uso dos remédios comercializados pelas farmácias e drogarias, com o intuito de identificar reações adversas não observadas antes do lançamento do produto no mercado.

Dessa forma, a atuação de um profissional tão bem preparado só irá beneficiar o paciente, hoje tão prejudicado pelas condições de um sistema que, embora universal, ainda está longe de oferecer o que realmente ele precisa, ou seja, uma assistência digna e de qualidade.

¹Farmacêutica / Professora da Nova Faculdade

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