Foto: Divulgação

¹Fernanda Penido Matozinhos
²Janaína Sousa Campos Alvarenga
³Renata Viana Abreu

O atual cenário epidemiológico brasileiro é representado, dentre outros fatores, por alterações complexas no consumo alimentar que, juntamente com um estilo de vida sedentário, são considerados os fatores imediatos do aumento do peso. Compõem, ainda, este quadro, as carências nutricionais, quase sempre associadas a situações de pobreza e precariedade nas condições de alimentação e no espaço geográfico.

Observa-se, nas últimas décadas, que ao mesmo tempo em que declina a ocorrência da desnutrição em crianças e adultos em ritmo bem acelerado, aumenta a prevalência de sobrepeso e obesidade na população brasileira: na década de 70, o Brasil era um país que apresentava altas taxas de desnutrição. Passou a ser um país com metade da população adulta com excesso de peso, em 2008.

O acelerado crescimento do excesso de peso em todas as faixas etárias e de renda deixa clara a necessidade de medidas de controle e prevenção do ganho de peso. Se ações não forem implementadas, projeta-se que, em 2015, mais de 700 milhões de adultos serão obesos.

É de grande relevância, portanto, investir-se maciçamente em medidas de intervenções para reduzir a obesidade; estas se encontram no nível de atenção primária, secundária e terciária. Há, ainda, a prevenção primordial.

A implementação de medidas básicas de atenção à saúde, como capacitação dos profissionais envolvidos no atendimento, mobilização dos gestores e das equipes de saúde são de grande importância para a redução da obesidade.

O compromisso dos serviços de saúde sobre a população é, portanto, essencial, pois o se observa uma exacerbação do modelo de controle público da obesidade pela ação dos serviços médico-sanitários. Cabe salientar, entretanto, que a responsabilidade de promoção à saúde é comum a todos os setores da sociedade, por meio da capacitação dos indivíduos e da criação de ambientes favoráveis à saúde. Reduzir a prevalência da obesidade e do sobrepeso seguramente implica ganhos importantes em aspectos de saúde física e mental, além do aumento do sentimento de autoestima na população.

Diversas são as ações propostas pelo governo brasileiro para organizar as políticas de alimentação e nutrição. Contudo, ainda permanecem muitos desafios para que essas sejam consolidadas de forma universal.

¹²³ Professoras da Nova Faculdade