Foto: Divulgação/ Secretaria Municipal de Saúde de Itumbiara

¹Fernanda Penido Matozinhos
²Janaína Sousa Campos Alvarenga

Apesar de muitos estudos preconizarem as iniciativas de prevenção primária, inúmeras dificuldades são encontradas na implementação destas medidas. Uma delas refere-se à dificuldade na criação de ambientes favoráveis à saúde, pois muitas das mulheres que procuram os serviços de saúde se encontram em risco nutricional, mas vivem em condições ambientais adversas. A promoção da saúde deve ser extensiva à comunidade a qual a mulher pertence, pois as famílias preservam, de certa forma, seu modo de cuidar conforme aprendido em seu meio cultural.

Outros fatores dificultadores na implementação das ações básicas de atenção à saúde referem-se à priorização da alta complexidade em detrimento da atenção primária; dificuldade na compreensão do conceito de atenção primária à saúde e a não incorporação do mesmo na prática profissional; não priorização da atenção primária como eixo de reorientação da assistência à saúde e baixa cobertura das equipes de atenção primária nos municípios.

A implementação de medidas básicas de prevenção primária, como capacitação dos profissionais envolvidos no atendimento, mobilização dos gestores e das equipes de saúde são de grande importância para a redução da obesidade materna.

O papel da atenção primária é, portanto, essencial, pois se observa uma exacerbação do modelo de controle público da obesidade pela ação dos serviços médico-sanitários.

Cabe salientar, entretanto, que a responsabilidade de promoção à saúde é comum a todos os setores da sociedade, por meio da capacitação dos indivíduos e da criação de ambientes favoráveis à saúde.

¹² Professoras da Nova Faculdade