Foto: Divulgação

¹Juliana Andrade
²Juliele Joze De Almeida
³Melissa Viviane
4Priscila Gabriela
5Mariana Almeida

A Hanseníase, também conhecida na Antiguidade como Lepra e inúmeras vezes citada na Bíblia, sempre foi uma doença cercada de estigmas. As pessoas infectadas eram discriminadas e obrigadas a viverem isoladas da sociedade, convivendo com todas as consequências geradas pela doença que na época não contava com tratamento e menos ainda com a cura. Ainda hoje, a hanseníase é considerada um problema de saúde pública e o Brasil é um dos países com maior incidência de casos confirmados da doença.

Transmitida por meio do contato direto e prolongado com pacientes infectados, a hanseníase é causada por uma bactéria chamada Mycobacterium leprae, é propagada pelas vias aéreas de onde são eliminados bacilos pelas secreções nasais, gotículas da fala, tosse e espirro e afeta principalmente a pele e os nervos periféricos.

A doença se apresenta inicialmente por manchas claras ou avermelhadas na pele com bordas irregulares, podendo evoluir para manchas com bordas mais bem definidas por vezes nodulosas. As lesões, geralmente, apresentam dormência e sensação de formigamento nas extremidades com perda de sensibilidade ao calor, frio, dor e ao toque.

As lesões podem atingir a pele, a mucosa nasal, as vias respiratórias superiores e olhos, podendo ser disseminada pelos linfonodos para o fígado, baço, ovários e testículos. Há comprometimento gradual dos nervos periféricos, levando a perda da sensibilidade das mãos, pés, membros e tronco.

Devido à semelhança das lesões e dos sintomas causados pela Hanseníase com as manifestações cutâneas provocadas por outras doenças neurológicas e de pele, é importante que o diagnóstico seja feito com auxílio de exames clínicos mais específicos.

Tratamento

Por ser uma Doença de Notificação Compulsória, que são doenças que possuem a capacidade de causar surtos e epidemias exigindo medidas eficazes de prevenção e controle, a Hanseníase é tratada através da administração de uma associação de medicamentos: a Poliquimioterapia (PQT/OMS), que mata o bacilo evitando que o paciente doente infecte outras pessoas. A PQT é adquirida pelo Ministério da Saúde por meio do Componente Estratégico da Assistência Farmacêutica, fornecida aos Estados e, posteriormente, distribuída aos municípios. Estes disponibilizam a PQT aos usuários exclusivamente pelo SUS.

O tratamento da Hanseníase tem duração de seis meses a dois anos e se feito logo no início das primeiras manifestações e de maneira correta garante a cura do infectado. Para isso, é necessário o uso regular dos medicamentos, respeitando as dosagens prescritas e o tempo de duração do tratamento, que pode variar dependendo do estágio da doença. Vale ressaltar que a vacina BCG, presente no Calendário Nacional de Vacinação Infantil, ajuda as pessoas que convivem com pacientes infectados a se protegerem contra a Hanseníase.

A informação é uma grande aliada na luta contra a Hanseníase. É importante transmitir os conhecimentos a outras pessoas, a fim de eliminar as possibilidades de contaminação e de garantir tratamentos aos infectados nos primeiros estágios da doença.

Se você tem ou conhece alguém que apresente sintomas semelhantes aos apresentados por pacientes hansenianos, procure um médico para avaliação. A hanseníase tem cura, seu tratamento é gratuito e pode ser realizado em qualquer unidade do SUS.

¹²³4alunas da Nova Faculdade
5Professora da Nova Faculdade