Fotos: Willian Augusto

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Como forma de pressionar o governo a negociar com a categoria, os trabalhadores da saúde cruzaram os braços por 48 horas e protestam em frente da prefeitura de Contagem. Enquanto o impasse não é resolvido, doentes lutam para serem atendidos nas UPA’s da cidade.

Cerca de trezentos servidores se reuniram para fazer um enterro simbólico do ex-superintendente de Atenção a Saúde, o enfermeiro e advogado, Fabrício Fernando Aires. Segundo os servidores, o ex-superintendente assediava moralmente os trabalhadores, por isso foi retirado do cargo.

Alguns servidores que não quiseram se identificar com medo de represarias, disseram que várias Unidades de Pronto Atendimento da cidade têm dificuldades para funcionar por causa da falta de materiais básicos como: analgésicos, gases e insumos para pequenas cirurgias.

Outros servidores relataram a falta de medicamentos nas farmácias populares e a falta de materiais odontológicos. Segundo eles, o atendimento odontológico da cidade está prestes a parar por falta de insumos.

Os servidores afirmam que não queriam parar por 48 horas nem fazer greve. Eles dizem que estão protestando porque não há condições dignas de trabalho para atender os doentes.

A diretora do SindSaúde, Maria de Fátima Oliveira, disse que espera um avanço nas negociações que possam dar final ao movimento, que segundo ela, ainda não é greve, mas uma paralisação de advertência.

A equipe de reportagem do Diário de Contagem Online esteve na UPA - JK, mas a unidade estava vazia. Segundo alguns usuários que aguardavam parentes em atendimento, todos os que procuram socorro, são orientados a procurar a UPA - Nova Contagem, a única que ainda atende e possui pediatra.

Fizemos contato com a assessoria de comunicação da Secretaria Municipal de Saúde, mas até o fechamento dessa matéria, nenhum retorno foi dado.