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¹Wasney de Almeida Ferreira

O jornal britânico Daily Mail Online publicou recentemente um estudo científico sobre experiência de quase morte, no qual se constatou que a consciência continua existindo após a morte. Esse estudo foi realizado pela University of Southampton, em 15 hospitais americanos, britânicos e austríacos, durou 4 anos e envolveu mais de 2.000 investigações. Os pesquisadores, ao controlarem variáveis objetivas, constataram que as experiências de quase morte não são alucinações ou ilusões.

A experiência de quase morte é um fenômeno natural, cujo indivíduo é considerado clinicamente morto, sem batimentos cardíacos ou respostas cerebrais. Pessoas que já passaram por essas experiências, narram que viram túneis luminosos, parentes falecidos ou mesmo seus corpos mortos sobre as mesas de cirurgia. Por exemplo, um indivíduo tem uma parada cardíaca, sem quaisquer traços vitais, morto por 5 minutos e, ao ser ressuscitado pelos médicos, narra a sua própria ressuscitação, já que seu “espírito” estava fora do corpo.

Estudos como esse nos fazem refletir sobre o quão banal são nossas existências, pois vivemos como máquinas, incapazes de nos desvencilhar das alucinações e ilusões cotidianas. Carro? Status? Poder? Ostentar? Muitos acreditam que a consciência é um epifenômeno cerebral, que acaba com a morte, mas por que tantas culturas no mundo pensam o contrário? Se a morte é a única certeza que temos na vida, talvez essa seja a única verdade lógica, inquestionável, que nos guiará humanamente.

¹Psicólogo, mestre em linguística e doutorando em saúde pública pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)