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A vacina Tríplice Bacteriana Acelular (dTpa), que previne contra Difteria, Tétano e Coqueluche, foi introduzida no calendário de vacinação da gestante de todo o país neste mês de novembro de 2014.
A vacina será aplicada, preferencialmente, entre a 27ª e 36ª semana de gestação, sendo entre o sétimo e o nono mês, podendo ser administrada até 20 dias antes da data provável do parto.
O objetivo da inclusão da vacina é proteger os recém-nascidos contra a coqueluche, nos primeiros meses de vida. Com a dose de reforço para as mães, a proteção dos bebês se dará por meio da transferência dos anticorpos maternos para o feto, através da placenta.
A mulher deverá tomar a dose de reforço a cada gestação, já que o nível de anticorpos necessários para proteger o bebê não se manterá até a próxima gestação.
Além das gestantes, os profissionais de saúde – médico anestesista, ginecologista, neonatologista, obstetra, pediatra, enfermeiro e técnico de enfermagem – que atuam nas maternidades e unidades de internação neonatal também serão vacinados. O reforço para esses profissionais será feito a cada dez anos.
Segundo o Ministério da Saúde, dos 6.368 casos de coqueluche registrados no país em 2013, cerca de 70% acometeram em crianças menores de um ano de idade, sendo a maioria em bebês com menos de três meses de vida e que ainda não completaram o esquema vacinal contra a doença.
Em Minas Gerais, no mesmo ano, foram registrados 460 casos da doença, sendo 272 em crianças menores de um ano. Em 2014, até o momento, foram registrados 282 casos no Estado, sendo 182 em crianças nesta faixa etária, um percentual de 64,5%.
A vacina contra coqueluche para as crianças faz parte do Calendário Nacional de Vacinação e prevê a imunização aos dois, quatro e seis meses de idade com a vacina Tetravalente (que protege contra Difteria, Tétano, Meningite e outras infecções causadas pelo Haemophilus influenzae tipo b) e dois reforços com a Tríplice Bacteriana, o primeiro aos 15 meses e o segundo entre quatro e seis anos.
Coqueluche
A coqueluche, uma doença infecciosa, causada pela bactéria Bordetella Pertussis, é altamente transmissível e ataca o aparelho respiratório (traqueia e brônquios), provocando uma inflamação nos pulmões.
Os sintomas são tosse seca há dez dias para crianças até seis meses de idade e de 14 dias ou mais para maiores de seis meses, associada a um ou mais sintomas: tosse súbita e incontrolável, rápida e curta; vômito pós-tosse, respiração ruidosa ao final de crise de tosse; coloração azulada da pele e mucosa, principalmente unhas e lábios; apneia, coriza e febre. Geralmente a coqueluche não apresenta gravidade. No entanto, em bebês menores de seis meses, ainda não totalmente protegidos pela vacinação, pode apresentar complicações respiratórias, como pneumonia, e neurológicas como convulsões e surdez.
Fonte: Agência Minas