Data de publicação: 02-11-2013 00:00:00

PM usa helicóptero para atacar ocupantes do terreno da CeasaMinas

B&D Contabilidade

Fotos: Willian Augusto

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As famílias da Ocupação Willian Rosa, acampadas desde o dia 12 de outubro, no terreno do Governo Federal e da CeasaMinas, em Contagem, foram agredidas com balas de borrach
a, bombas de efeito moral e gases de pimenta e lacrimogêneo, nessa sexta-feira (01).

Após um protesto em frente da prefeitura e da Câmara Municipal, sem sucesso, os manifestantes seguiram em direção da BR 040, para novamente fecharem as pistas. O objetivo, conforme os lideres, é chamar a atenção da imprensa e dos governantes para a situação das famílias que lutam pela casa própria.

Responsabilidades

Os poderes executivo e legislativo da cidade não reconhecem o problema se apoiando no fato que o terreno é de propriedade do Governo Federal. Em nota, a prefeitura afirma que a responsabilidade não é do município e quem deve resolver o impasse é o próprio Governo Federal e a CeasaMinas.

Tática da PM

Segundo os manifestantes, enquanto o protesto acontecia na BR 040, policiais começaram a atacar com bombas de efeito moral e gás lacrimogêneo, o acampamento. “No momento do ataque, no local estavam somente mulheres e crianças, os homens estavam protestando ou trabalhando”, conta Lacerda Campos.

A tática para desobstruir a BR deu certo, os manifestantes desceram correndo para o acampamento. Com a polícia no local e o helicóptero dando voos rasantes jogando bombas, o confronto foi inevitável.

Desespero

Integrantes do acampamento ligaram várias vezes para a redação do Jornal Diário de Contagem Online. Sentindo a gravidade da situação, os editores decidiram abrir mão da exclusividade e ligaram para todas as emissoras de TV da grande BH, para todos pudessem reportar o que estava acontecendo.

As pessoas que estavam sendo agredidas acreditavam que com a presença da imprensa, estariam protegidas contra a ação da polícia. Eles tinham razão. Com a chegada das equipes de reportagens, os helicópteros se afastaram e o ataque cessou.

Saldo do confronto

Vários acampados mostrar marcas pelo corpo, a maioria com ferimentos feitos por balas de borracha. As crianças e mulheres estavam assustadas com barulho das bombas jogadas no meio das barracas. Houve relatos de incêndios em barracas e que uma criança de dois anos havia sumido na confusão.

Mais tarde, a criança sumida foi encontrada e mais pessoas apareceram para relatar e mostrar os ferimentos. A PM não poupou nem as senhoras e crianças que estavam no meio da confusão. Os moradores agradeceram a presença da imprensa e deram vários depoimentos.

“Negativo! Não jogamos pedras nos policiais. Eles que atacaram o acampamento para nos impedir de protestar na BR. Atiraram bombas até do helicóptero onde tem mulheres e crianças”, relata o vigilante Júnio Cesar Ferreira.

“Gostaria de falar para o comando da PM que existem policiais infiltrados no movimento e estes que estão jogando pedras para dar motivos para nos atacar. Vamos ficar até a morte, queremos moradia”, afirma o vigilante, Valmer Pereira.

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