Data de publicação: 14-07-2014 00:00:00

De repente, Cordel, Oxente!

Centro de Integração Empresa Escola de Minas Gerais -  CIEE

Ilustração: J. Borges

¹Lecy Pereira Sousa

O Cordel é uma expressão literária que surgiu no Renascimento europeu (Século XVI), ganhou uma cor local no Nordeste, mas acabou chegando ao Sudeste e se espalhou pelo Brasil e outros países latinos. Na Internet você pode encontrar desde áudios em mp3 com leituras do Cordel até documentários em vídeos sobre esse patrimônio literário com sotaque nordestino.

Quando eu estive em Sabará, à convite do Projeto Pão e Poesia, por ocasião do aniversário da Borrachalioteca (um espaço que une pneus e livros), eu pude dialogar com um dos grandes representantes da literatura de Cordel em Minas Gerais, o cordelista Olegário Alfredo.

Olegário, ou mestre Gaio, natural de Teófilo Otoni, Membro da Academia Brasileira de Literatura de Cordel, é autor de mais de uma centena de livros que ele mesmo imprime, grampeia e comercializa. De sua autoria, eu ganhei o livro Elogio ao mineiro e o divertido Que bicho é esse. Abaixo, um trecho desse último:

“No quintal fica ciscando
E bota ovo na caixinha
Cria pinto come milho
Faz cocó e é baixinha
No Domingo todos comem
A tadinha da? ...................”
De Elogio ao mineiro temos:
“Só acredita na fumaça
Se ver o fogo de perto
E sabe como ninguém
Tirar água do deserto
Finge de ser bobalhão
Mas no fundo é esperto.”

Se você for a Sabará, visite a Cordelteca Olegário Alfredo que possui vasto acervo de cordéis de vários autores do Brasil, incluindo clássicos como: A chegada de Lampião no Inferno, A Vida de Pedro Cem, As Proezas de João Grilo, O Cavalo que defecava Dinheiro, entre outros. O site do autor pode ser conferido aqui.  

Comentários

Charge


Flagrante


Boca no Trombone


Guia Comercial


Enquetes


Previsão do Tempo


Siga-nos:

Endereço: Av. Cardeal Eugênio Pacelli, 1996, Cidade Industrial
Contagem / MG - CEP: 32210-003
Telefone: (31) 2559-3888
E-mail: redacao@diariodecontagem.com.br