Data de publicação: 22-07-2014 00:00:00

Livres entre os livros

Centro de Integração Empresa Escola de Minas Gerais -  CIEE

Foto: Divulgação

Lecy Pereira Sousa

A linguagem escrita encontra seu canal nas expressões individuais. É dessa forma que vemos surgir os romances, as crônicas, as poesias, biografias, ensaios, roteiros de filmes e novelas. O interessante nisso tudo é a forma como os enredos se oferecem aos autores. Vai-se do excesso de técnica ao fator emocional. Autores costumam ser autênticos canais, seja de uma escrita elaborada, que jamais foge da forma acadêmica estabelecida, ou aqueles que rompem com o modelo convencional.

Não são poucos os escritores que trilham o caminho da independência como cavalos selvagens. Isso é muito bom. Uma forma de escrever unilateral esgotaria qualquer fonte de criatividade. Criar não combina com camisa de força. Ler criações de grandes autores é muito importante para termos uma noção empírica de como o grande romance humano é construído. Há quem diga que as gerações estão escrevendo um romance único desde o surgimento da escrita, não importa em qual continente habitamos. A nuance fica por conta do que denominamos “estilo” ou dicção.

A sensação de ler um livro que consideramos bom é difícil de narrar. Esse “livro bom” dialoga com toda nossa bagagem ou trata de melhorá-la provocando lembranças aparentemente perdidas em nossa memória.

Com o tempo, enquanto leitores, nós vamos aprendendo a valorizar a produção literária de qualquer autor, seja iniciante ou veterano. Passamos a buscar a essência e não a marca registrada. Nós vamos aprendendo a separar os textos que acrescentam algo à nossa formação ou nos oferecem o entretenimento que buscamos num livro.

Ler e escrever são verbos que combinam com liberdade. É nesse terreno que razão e emoção se confraternizam.

Nota

Manifesto aqui o meu pesar pelo falecimento do escritor João Ubaldo Ribeiro (18/07/2014), um dos autores que, como poucos, tentou divertir, entender e explicar o Brasil por meio de textos lúdicos, lúcidos e imaginativos. Difícil citar um só livro do autor. O melhor a fazer é conhecer a sua obra.

No dia 19/07, outra perda irreparável. O escritor mineiro Rubem Alves faleceu em Campinas por complicações em decorrência de uma pneumonia. Um dos mestres da Educação. Escreveu para jovens e adultos. Vários de seus livros podem ser encontrados em bibliotecas escolares em todo o país. Que a Educação saiba honrar o legado de mais um mestre que se vai.

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