Data de publicação: 17-09-2013 00:00:00

Evolução histórico-conceitual do planejamento estratégico

Academia Equilíbrio Funcional

Foto: Divulgação

¹Leonardo Luiz Prata Amorim Santiago
²Rodrigo Bomfim Nunes

A estratégia é um tema relativamente novo no mundo corporativo. A palavra, que tem origem nas guerras atenienses do período a.C. (antes de Cristo), só começou a ser utilizada no contexto empresarial na década de 50. De lá para cá, a academia e o mercado fizeram suas análises e reflexões sobre o tema, que evoluiu no tempo e no espaço, ganhando interpretações opostas e complementares em diversos países do mundo e em diversos cenários político-econômicos.

Os livros “A Arte da Guerra” de Sun Tzu datada de V a.C que preconizava o emprego de ações estratégicas que foram utilizadas na época e “Ó Príncipe” de Maquiavel escrito em 1513, mas só publicado em 1532, apresenta princípios básicos de estratégia e mesmo de planejamento ao estruturar a base do pensamento republicano que pretendia unificar as potências na península itálica.

Por volta de 1950, estratégia era entendida como a visão do líder máximo sobre sua organização. Uma visão simples e carregada da informalidade, que não previa qualquer documentação de um plano em que se formulasse a estratégia. A segunda escola do pensamento estratégico, que surgiu no início dos anos 60, agregou ao conceito de estratégia o planejamento financeiro de curto prazo. Nesse sentido, o orçamento seria peça fundamental da estratégia, que remeteria às prioridades da liderança. Essa escola é marcada pela documentação dos planejamentos e elaboração de Budgets.

Calcada na limitação desta última escola, outros pensadores entenderam que esta visão não enxergava o longo prazo, fator fundamental para a estratégia. Surgem, então, modelos econômicos e financeiros que tinham por objetivo projetar estes orçamentos para o futuro. Esta é conhecida como Era das Boutiques de Consultoria, em que surgiram modelo como VAR (Value at Risk) e metodologias baseadas em extrapolação de tendências e análises estatísticas.

Noutro giro, projetar numericamente os cenários atuais, poderia levar distorções do presente para o futuro. Igualmente, estes dados não contemplavam as mudanças do dinâmico mercado competitivo. Surge, então, a perspectiva da estratégia, a partir das criações de cenários - ou seja, projeções ajustadas que consideravam possíveis influências no futuro e mudanças de direção.

Este contexto evolutivo traduz algumas das primeiras escolas a teorizar sobre a estratégia organização, as quais focaram nos instrumentos de formulação do planejamento estratégico. Em diante, a partir da década de 90, a academia voltou o seu foco da estratégia para os problemas da implementação, observando-se com maior ênfase o viés do alcance de resultados a partir destes planos desenvolvidos. Portanto, voltou-se o foco para a implementação, em detrimento da construção do plano estratégico propriamente dito, inobstante a constante evolução conceitual e ferramental deste termo, que não perdeu, desde os anos 50, o protagonismo das discussões empresariais no Brasil e no mundo.

¹ ² Professores da Nova Faculdade

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