Data de publicação: 14-03-2014 00:00:00

A desvalorização da profissão de professor

Centro de Integração Empresa Escola de Minas Gerais -  CIEE

Foto: Divulgação

¹Wasney de Almeida Ferreira

“A escravidão é uma forma extrema de desigualdade, na qual certas pessoas são posses de outras”. (Anthony Giddens- Sociologia, 2012, p. 312)

A profissão de professor, seja de escola pública ou privada, reflete a natureza escravocrata do Brasil. A desvalorização dessa profissão, indispensável à vida coletiva, é produto da injustiça social. Se nem os professores são valorizados, quanto mais as pessoas comuns?

Recentemente, uma professora, pós-graduada e mestranda, recebeu um convite de uma escola renomada de Belo Horizonte. A proposta foi de uma bolsa no valor de R$800,00 reais por 12 aulas semanais. Isso corresponde a R$16,00 por aula. Além disso, sem direito a transporte, alimentação ou direitos trabalhistas. Então, recalculando, a professora receberia uns R$10,00 reais por aula.

Eu sempre insisto em dizer que a escravidão, sobretudo no Brasil, ainda não foi abolida. Muitas pessoas naturalizam as injustiças sociais tornando-as normais. Se os professores são exemplos de escravos contemporâneos, que são os senhores?

¹Psicólogo, mestre em linguística e doutorando em saúde pública pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)

Comentários

Charge


Flagrante


Boca no Trombone


Guia Comercial


Enquetes


Previsão do Tempo


Siga-nos:

Endereço: Av. Cardeal Eugênio Pacelli, 1996, Cidade Industrial
Contagem / MG - CEP: 32210-003
Telefone: (31) 2559-3888
E-mail: redacao@diariodecontagem.com.br