Data de publicação: 29-08-2014 00:00:00

Sobre o movimento de mulheres e o feminismo

Jornal Diário de Contagem On-Line

Foto: Divulgação

¹Clície Lourenço

Há quem diga que as feministas querem ser homens, que a saída das mulheres para o mercado de trabalho acabou com a família ou até mesmo há aqueles que questionam a igualdade de direitos, sob a justificativa de serem homens e mulheres diferentes.

O desconhecimento é, na maioria das vezes, a razão dos equívocos. Por isso, algumas linhas sobre o movimento de mulheres e o feminismo.

O movimento de mulheres ganha evidência no cenário político no final do século XIX e início do século XX ao pronunciar-se contra a dominação masculina, buscando, neste momento, a igualdade política entre os sexos através do acesso da mulher ao voto.

Depois da II Guerra, o movimento de mulheres luta contra a subordinação e exploração das mulheres, em especial, no combate à violência contra a mulher. Com o slogan “o pessoal é político!”, reivindicam soluções políticas para as questões tidas como privadas.

Nos anos 60, junto com uma infinidade de protestos a redor do mundo contra a opressão e desigualdade social, as mulheres manifestam-se pelo direito ao próprio corpo e ao próprio prazer.

Entretanto, até este ponto, a crítica feminista se encontrava fortemente ligada aos papéis estereotipados de homens e mulheres, vendo nos homens uma ameaça e excluindo-os das discussões.

Contudo, dentro do próprio movimento, chamou-se a atenção para universo de mulheres e homens fora dos padrões estereotipados - diversos em cor, classe e orientação sexual - evidenciando que a diversidade constrói outras realidades e outras necessidades. O que provoca uma mudança de perspectiva no movimento de mulheres, comprometido com transformações sociais que atentem como a vida de diferentes mulheres é afetada diferentemente.

A partir daí, os estudos feministas passam a fornecer outra chave de leitura para a História ao dedicar-se a resgatar as Histórias das Mulheres. Histórias invisíveis, resultado de relações desiguais de poder, cuja subordinação feminina tem sido imposta por meios institucionais, educacionais e sociais.

Agora é ocupar lugar na História e escrever a História. Juntos, mulheres e homens.

¹Psicóloga Clínica e Social. Psicodramatista. Especialista em Juventude. Mestranda em Gestão Social, Educação e Desenvolvimento Local. clicielourenco@gmail.com

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