Foto: Reprodução Internet
O número de incêndios provocados por sobrecargas elétricas no Brasil aumentou 49% em 2015, na comparação com o ano anterior, saltando de 295 para 441, de acordo com a Associação Brasileira de Conscientização para os Perigos da Eletricidade.
Nesta época do ano, quando as temperaturas aumentam e as pessoas ligam cada vez mais aparelhos nas tomadas de casa para refrigerar o ar, é que o perigo aumenta, segundo a Cemig. Imóveis antigos, sem estrutura elétrica adequada, podem não estar preparados para receber o excedente.
“Sem o conhecimento técnico, é comum que em casos de sobrecarga se troque apenas o disjuntor ou a chave fusível e a fiação continue recebendo energia além do previsto, uma situação de altíssimo risco para incêndio”, alerta Demetrio Venicio Aguiar, engenheiro eletricista da estatal.
A Cemig ressalta, ainda, que a sobrecarga também pode ocorrer devido ao uso inadequado das instalações elétricas. A utilização de Ts, benjamins ou extensões, por exemplo, que podem triplicar a corrente de energia em uma única tomada da instalação. As “gambiarras” e os “jeitinhos” são totalmente desaconselháveis e perigosos.
Riscos
A sobrecarga de energia pode afetar as redes elétricas e causar interrupções, por isso, é dever do consumidor avisar à companhia energética quando for necessário um aumento de carga significativo, porque pode ser preciso realizar uma readequação da rede elétrica.
É preciso ter atenção especial ao ar-condicionado ou à instalação de mais um chuveiro elétrico em casa. “Antes de ligar esses equipamentos com potência maior, o consumidor precisa consultar um eletricista habilitado e, dependendo do caso, pedir uma alteração de carga na Cemig”, orienta Aguiar.
“Esses cuidados garantem que o cliente possa utilizar os equipamentos ao mesmo tempo sem perigo de incêndio”, completa o engenheiro.