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Alexandre Cézar de Oliveira Melo*
No contexto atual, indivíduos e organizações vivenciam um cenário que exige constante vigilância sobre o que está mudando. Acompanhar a velocidade das mudanças, principalmente em um cenário turbulento, pode ser um grande desafio para profissionais e empresas despreparados.
Vejamos, como exemplo, quantas coisas podem mudar em apenas um ano. Iniciamos 2016 vislumbrando possibilidades diversas, tais como: decepcionar o mundo com a realização das Olimpíadas no Brasil; avalizar a permanência de uma presidente da República que instigava a indignação de grande parte da população em virtude dos escândalos sobre corrupção e pedaladas fiscais; e, por fim, a participação de times brasileiros em mais uma Copa Sul-Americana.
Durante o ano, enquanto a população trabalhava, as instituições de ensino educavam e as empresas produziam, mesmo enfrentando uma crise econômica sem precedentes, que culminou em cerca de 12 milhões de desempregados, o país também vivenciava um grande colapso, com uma crise política e disputas no âmbito do Congresso Nacional, que levou à aprovação do impeachment da presidente Dilma Rousseff.
O afastamento da presidente não mudou muito o cenário de deterioração político-econômica vivenciada pelo país. Já na abertura das Olimpíadas, o recém-empossado presidente Michel Temer, sem o apoio da população e carisma, teve uma participação modesta, sem discursos, nesse importante evento que desde a grandiosa abertura encantou o mundo inteiro.
Finalmente, o que era para ser somente mais uma final da Copa Sul-Americana, entre Chapecoense e Atlético Nacional, da Colômbia, sem muita importância, já que a Copa Libertadores é o alvo dos grandes times do continente, uma tragédia consternou a todos. Novamente o mundo todo viveu um sentimento singular de comoção pela perda de 71 vidas em um desastre aéreo, que praticamente fulminou a ascendente equipe de Santa Catarina, além de profissionais de imprensa e parte da tripulação.
Estamos agora em um momento de transição para um novo ano que se inicia. Individual ou coletivamente, devemos assumir a responsabilidade pelo uso do maior patrimônio que possuímos: o tempo. Temos que ter em mente que teremos mais um ano duro pela frente.
Está na hora de fazermos uma reflexão profunda sobre nós mesmos – como pessoas, grupos, instituições – buscando informações sobre nossas forças e fraquezas internas, bem como as oportunidades e ameaças que nos rodeiam. O que significa que estaremos conhecendo melhor a nossa situação atual.
Saber como estamos atualmente é fundamental para iniciarmos um consistente processo de mudança. É o ponto de partida para um movimento que nos ajudará a tomar decisões sobre onde pretendemos chegar e o que precisamos fazer para alcançar nossos objetivos, aproveitando melhor as oportunidades do ano vindouro e minimizando as consequências das situações adversas.
*Administrador, educador e supervisor de comunicação do CIEE/MG
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