Apesar dos alertas do Ministério da Saúde sobre o risco de aumento do número de casos de doenças transmitidas pelo Aedes aegypti neste ano – sobretudo, a febre chikungunya –, há quem insista em ignorar medidas de prevenção da proliferação do mosquito.
Somente em Contagem, 15 pessoas morreram por causa da dengue, em 2016, conforme dados divulgados pela Secretaria Estadual de Saúde (SES) em 27 de dezembro último. No mesmo período, 23 gestantes tiveram o diagnóstico de zika confirmado no município.
No bairro Cidade Industrial, uma empresa de venda de ferro e aço foi notificada pelo Centro de Controle de Zoonoses, no ano passado, em função dos focos de Aedes aegypti encontrados no terreno em que ela funciona. Uma extensa área do lote está tomada pelo mato e por sucatas que armazenam água da chuva, favorecendo o desenvolvimento das larvas do mosquito (foto acima e galeria).
A Vigilância Sanitária de Contagem também foi acionada, mas, na época, alegou falta de veículos para levar agentes até o local. A Secretaria Municipal de Meio Ambiente foi informada sobre a situação, mas não se manifestou nem enviou representantes para averiguar as denúncias.
Contraponto
Uma funcionária da empresa, que pediu para não ser identificada, reconheceu o problema e afirmou que a questão tem sido tratada diretamente com o diretor, que também é o proprietário do terreno.
“O pessoal da dengue vem, ele manda capinar. Já vieram alguns agentes, mas eles conversam direto com ele”, afirma. Ainda de acordo com a funcionária, a empresa nunca recebeu queixas sobre focos do mosquito.
Ameaça
No bairro Novo Eldorado, uma leitora do jornal Diário de Contagem enviou um flagrante da situação da piscina de um imóvel vizinho (foto abaixo). O local parece estar abandonado e cheio de água.
Segundo a leitora, que também prefere não ter o nome revelado, o descaso de alguns moradores coloca todos em risco.
Foto: Colaboradora DC
