Data de publicação: 12-01-2017 13:21:00

Prefeito e secretário denunciam situações de abandono na saúde

Joel de Brito - Agulhas que Curam
Vice-prefeito William Barreiro, Nicola Guijarro, prefeito Alex de Freitas e o secretário municipal de Saúde, Bruno Diniz

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Robson Rodrigues

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O prefeito de Contagem, Alex de Freitas, e o secretário municipal de Saúde, Bruno Diniz, chamaram a imprensa da grande BH na última quarta-feira (11) para relatar as condições precárias encontradas nas unidades de saúde da cidade.

Juntamente a William Barreiro, ex-vereador e atual vice-prefeito, a nova equipe de governo de Contagem relatou várias irregularidades encontradas nos primeiros dez dias de gestão.

Segundo Diniz, a situação das Unidades Básicas de Saúde (UBS), do Hospital Municipal e da Maternidade Juventina Paula de Jesus é de abandono. Ele apontou problemas estruturais em praticamente todas as unidades, inclusive nas recém-inauguradas.

“Visitamos as unidades de saúde da cidade e encontramos paredes e tetos com mofo, rachaduras, infiltrações, placas se soltando e problemas de falta de ventilação adequada. Faltam também equipamentos, mobiliários. A frota do Samu está sucateada, faltam vacinas e medicamentos nos postos, tem farmácias distritais fechadas e outras também com falta de medicamentos”.

O secretário anunciou que serão investidos aproximadamente R$ 4,5 milhões na compra emergencial de medicamentos para suprir as atuais faltas.

“Investiremos na atenção básica de saúde e nas especialidades medicas por meio dos Programas Mães de Contagem e Remédio em Casa. Vamos informatizar a Rede Municipal de Saúde criando o Cartão Saúde Integrada e criar o Plano Municipal de Contingência para enfrentar doenças como a dengue, zika e chikungunya”, explicou.

Bruno Diniz disse que vai apurar os desvios de cerca de R$ 600 mil em medicamentos vencidos. “Vamos abrir uma sindicância, porque temos informações de que os medicamentos foram subtraídos e até uma TV de 50 polegadas sumiu. Telefones coorporativos também não foram devolvidos e existem empreiteiras que receberam mesmo antes de terminar obras”, denunciou o secretário. 

O prefeito autorizou a compra emergencial de 163 itens que faltam nas unidades de saúde da cidade. Segundo Alex de Freitas, a falta de insumos básicos inviabiliza o atendimento de qualidade aos cidadãos. 

“Vamos contratar uma auditoria e, junto ao Ministério Público, vamos apurar item por item das irregularidades encontradas e vamos acionar as empresas que já receberam por obras inacabadas”, afirmou o prefeito.

Determinação judicial

No final da entrevista coletiva, o garoto Nicola Guijarro, de 12 anos - que tem um tipo raro de diabetes -, chegou acompanhado da mãe Patrícia Brandão.  A balconista entrou com uma ação na Justiça exigindo que o governo municipal custeasse uma bomba de insulina para cuidar do filho.

Recentemente, Nicola gravou um vídeo contando a história da doença, que foi postado na internet e assistido pela equipe de governo. A Secretaria Municipal de Saúde comprou o aparelho necessário para controlar a doença do garoto e entregou à família. A bomba de insulina e os insumos custaram cerca de R$ 20 mil, segundo nota fiscal apresentada pelo perfeito e pelo secretário.

“No vídeo, eu digo que preciso muito da bomba de insulina, porque meu diabetes é muito descontrolado. A bomba é a única coisa que ajudou a controlar minha doença. Estou muito feliz, um sonho realizado”, contou Nicolas.

Segundo a mãe de Nicolas, em 2016 foram seis internações e duas paradas cardíacas. “Quando saiu a decisão judicial obrigando o governo municipal a comprar a bomba dei pulos de alegria. Mas eu não sabia que iriam me enrolar tanto. Os médicos deram para o meu filho uma expectativa de vida de um ano e tivemos que esperar seis meses até receber o aparelho. É a bomba da vida que pode garantir que meu filho cresça e se torne um grande homem”, explicou Patrícia. 

Segundo o secretário de saúde, todas as determinações judiciais que forem de obrigação do município cumprir “serão atendidas com rapidez, sempre pensando nas pessoas que precisam desse tipo de assistência”, finalizou Bruno Diniz.
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