Data de publicação: 18-04-2017 16:29:00

Integrantes do MST ocupam sede do Incra em Belo Horizonte

WRV Produções
Sede do Incra na avenida Afonso Pena, em Belo Horizonte

Foto:
Google Street View
 
Agência Brasil
 
A sede do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) em Belo Horizonte amanheceu nesta terça-feira (18) ocupada por integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). A ação faz parte do Abril Vermelho, uma jornada de lutas pela reforma agrária que ocorre nesta semana em todo o país. De acordo com líderes do movimento, aproximadamente 1,5 mil pessoas estão no edifício.
 
Segundo Mirinha Muniz, integrante da direção estadual do MST, o objetivo da ocupação é cobrar dos governos federal e estadual o andamento de pautas sobre a reforma agrária. "Queremos alertar principalmente para o desmonte do Incra. O órgão é importante para atender nossas reivindicações e para desenvolver os assentamentos, por meio das desapropriações e da demarcação de novas terras".
 
Na opinião de Mirinha, enquanto a reforma da Previdência avança, a reforma agrária foi paralisada. “A intenção não é realizar reforma agrária no Brasil. Daí o enfraquecimento do Incra e a burocratização dos processos. Ao mesmo tempo, lutamos contra essa reforma da Previdência, que atinge com mais força as mulheres, sobretudo, as mulheres do campo”.
 
Os sem-terra criaram uma comissão para estabelecer um diálogo com a direção do Incra. No fim do dia, será realizada uma assembleia para decidir os próximos passos do movimento, inclusive se a ocupação vai prosseguir.
 
O Incra informou que só irá se reunir com as lideranças do movimento mediante a desocupação do edifício e ainda nesta terça-feira deverá pedir na Justiça a reintegração de posse. O órgão afirma que foi surpreendido pela manhã com a chegada de seis ônibus trazendo os sem-terra. Os servidores que chegavam foram impedidos de entrar no prédio e os que já haviam ingressado no local tiveram que deixá-lo.
 
Outros atos
 
Mirinha Muniz afirma que outras ações estão sendo desenvolvidas em municípios do interior do Estado e que mais atos serão realizados na capital mineira até quinta-feira (20). “Além das ocupações, ontem (segunda-feira) nós já realizamos o fechamento de quatro rodovias em Minas Gerais”, contou.
 
O Abril Vermelho lembra também o massacre em Eldorado do Carajás (PA) há 21 anos. No dia 17 abril de 1996, 19 sem-terra foram assassinados por forças policiais do Pará.
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