Cerca de 300 pessoas se reuniram em frente à prefeitura para protestar contra a cobrança do Imposto Predial e Territorial (IPTU) residencial, que voltou a ser cobrado em 2017, após 27 anos de isenção.
Carregando faixas e cartazes, os contribuintes permaneceram na praça Tancredo Neves, em frente ao prédio do Executivo contagense. O protesto começou após as 9 horas e seguiu até perto do meio-dia com os manifestantes se revezando no microfone ligado ao trio elétrico. Alguns políticos do PT e do PCdoB também participaram do ato.
Os manifestantes criaram um “saco da maldade”, que circulou entre os presentes e pendurado no trio elétrico. As pessoas jogaram os boletos do IPTU dentro do saco com o objetivo de deixar claro que não pretendem pagar o novo tributo criado no final de 2016 pelos vereadores da última legislatura.
Os cidadãos que participaram do ato afirmaram que o imposto é ilegal e imoral. Muitos reclamaram que o tributo foi criado sem ser discutido com a população, baseado em uma orientação mentirosa do Ministério Público.
Os contribuintes tiveram a chance de reclamar publicamente das cobranças. Muitos relataram que os valores cobrados não são justos e não teriam condições financeiras para pagar.
Incidente
Em um momento do protesto, um dos lideres do movimento intitulado “Libertas Minas” pegou o microfone e começou a reclamar da postura de alguns veículos de comunicação. Segundo o manifestante, jornais, rádios e TVs não cobrem os protestos e ainda noticiam somente as iniciativas do atual prefeito de Contagem, Alex de Freitas (PSDB). O líder dos manifestantes generalizou e colocou todas as mídias no mesmo saco, talvez no “Saco da Maldade”.
A partir desse momento, o repórter do DC Online, devidamente identificado, passou a ser hostilizado por alguns manifestantes. Alguns que não conhecem nem reconhecem o jornalismo responsável e ético praticado pelo Jornal Diário de Contagem Online, o único veículo de comunicação presente à disposição para reportar o protesto de forma isenta e independente.
“Reconhecemos o direito legítimo de protestar. Mas não concordamos com incitação ao ódio, preconceito e generalização das mídias. Acreditamos que seja possível protestar e exigir direitos de forma pacífica. Repudiamos qualquer tipo de violência contra qualquer pessoa ou profissional. Mas acreditamos também que os presentes, em sua maioria, são pessoas e cidadãos de bem, que também não concordam com a promoção do ódio”, informa a redação.
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