A sede da associação de proteção veicular APM, no bairro Industrial, em Contagem, foi alvo de uma operação da Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), nesta quarta-feira (12). De acordo com a corporação, há indícios da prática de lavagem de dinheiro pela empresa, que acumula, atualmente, mais de 30 mil associados.
“Há vários anos vêm atuando em Belo Horizonte algumas associações do ramo de seguro de forma ilegal, sem autorização do Banco Central para tal. Essa associação, hoje, é a mais forte aqui na região metropolitana de Belo Horizonte”, explicou o coordenador de Operações Policiais do Detran-MG, Cláudio Utsch.
Ainda segundo Utsch, a APM lesava não apenas o consumidor, mas a Receita Federal e a administração pública. A ação da polícia visa combater as adulterações de sinais identificadores em carros vendidos pela associação, originadas de sinistros dos carros dos associados.
Policiais identificaram veículos remarcados, transplantados ou emendados ilegalmente. Conforme apurado durante as investigações, os suspeitos utilizavam documentos de veículos acidentados, com perda total, para vender carros roubados e colocá-los novamente em circulação.
“As investigações prosseguem para total apuração dos fatos”, informou a assessoria de imprensa da polícia.
A PCMG cumpriu mandados de busca e apreensão, também, nas casas do presidente e do gerente da associação. Os dois portavam armas de forma ilegal.