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Meirelles confirmou nesta segunda-feira (6) que em 2002 criou um fundo nas Bermudas para gerir a herança. Já Maggi foi apontado como beneficiário final de uma empresa aberta nas Ilhas Cayman em 2010.
O ministro da Fazenda disse que os recursos foram declarados à Receita Federal e ao Banco Central. “Está tudo declarado, como tudo o que eu faço, não só à Receita Federal, ao Banco Central. E também qualquer movimentação. É uma entidade filantrópica. Visa a investir recursos em educação no Brasil, exclusivamente”, disse Henrique Meirelles em entrevista à rádio BandNews.
Meirelles justifica que, na época, dirigia uma grande instituição financeira internacional e morava no exterior.
De acordo com o site Poder360, Maggi é beneficiário final de uma empresa ligada à holandesa Louis Dreyus, subsidiária da Ammagi Exportação e Importação criada para atuar no mercado de grãos em quatro estados do Brasil. A filial foi registrada em um município na Bahia com o nome de Amaggi & LD Commodities e iniciou a operação em janeiro de 2010.
Ainda em 2010, a Ammagi & LD Commodities abriu uma offshore nas Ilhas Cayman, chamada Ammagi LD Commodities International.
Segundo a agência EBC, a investigação foi feita por 382 jornalistas de quase 100 veículos, que analisaram mais de 13 milhões de documentos que compreendem um período de quase 70 anos (1950-2016). Os documentos foram vazados de dois escritórios especializados em abrir offshores, o Appleby e o Asiatici Truste.