Data de publicação: 06-12-2017 20:08:00

Mudanças propostas pela Seduc não agradam comunidade

Joel de Brito - Agulhas que Curam
Fotos: Robson Rodrigues

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Alunos e professores da Escola Municipal Francisco Borges da Fonseca que fica no bairro Santa Cruz, estiveram na Câmara Municipal de Contagem, na última terça-feira (5), para protestar contra as mudanças que a Secretaria Municipal de Educação pretende fazer em 2018.

Segundos professores e pais de alunos, as mudanças não foram discutidas com a comunidade e as crianças estão preocupadas com a possibilidade de terem que mudar de escola e perder o convívio com os colegas. 

“Não somos contra as melhorias, mas as mudanças precisam ser discutidas com a comunidade e com a diretoria da escola. Pretendem acabar com oito salas e transferir os alunos para a Escola Municipal Maria Olinta, que também já está lotada. Por isso estamos aqui protestando”, explicou Alessandra Aparecida, mãe de um aluno.

De acordo com os pais, a Escola Francisco Borges da Fonseca é tradicional, tem 52 anos de existência e possui professores que já foram alunos da escola, por isso a indignação da comunidade.

Exigências

A delegada territorial, representante de Contagem na Conferência Estadual de Educação, Laís Ágata, confirmou que foi recebida na prefeitura, mas que nenhuma solução concreta foi apresentada. Por isso os estudantes, pais e professores foram atrás do apoio dos vereadores para que o impasse seja resolvido.

“A maioria das escolas será remodulada e vai funcionar por ciclos. Não aceitamos as mudanças, porque não fomos consultados. Disseram que foi feita uma pesquisa, mas ela não foi apresenta à comunidade nem à diretoria e aos professores. Queremos que a tal pesquisa seja apresentada também para aos vereadores”, exigiu a delegada.

As galerias da Câmara Municipal ficaram lotadas. As crianças tiveram o primeiro contato com o poder Legislativo empunhando cartazes e faixas, e gritando “queremos nossa escola”.  O presidente da Casa, vereador Daniel Carvalho (PV) acionou a Comissão de Educação para cuidar do caso. 

“A manifestação é legítima e os estudantes precisam ser bem recebidos. A proposta que o secretário de Educação, Joaquim Gonçalves, nos apresentou é interessante, mas faltou dialogar com os diretores e com a comunidade. Recentemente, os alunos da Funec estivem aqui protestando e conseguiram ter êxito nas reivindicações. Acredito que vamos chegar a um consenso, assim eu espero”, afirmou Carvalho.

Participação

A professora Ana Paula, que também é mãe de aluno da Escola Municipal Francisco Borges da Fonseca, disse que a população tem o direito de participar das decisões.

“Meu filho estuda na mesma escola em que trabalho, porque acredito na instituição pública. Os estudantes que estudam na mesma escola do 1º ao 9º anos têm um espírito de pertencimento e cuidam do local. Isso não é importante? Se as mudanças são boas, por que não foram construídas coletivamente? Por que foram decididas na 'calada da noite', colocando professores, diretoria e pais divididos e em lugar de oposição?”, questionou a professora concursada.

Após a plenária, os professores e pais ficaram em frente à Câmara Municipal. Já os estudantes fizeram um protesto na rua para demonstrar o descontentamento com as mudanças que pretendem transferir alunos, fechar escolas e transformar a Escola Municipal Pedro Pacheco, também no bairro Santa Cruz, em sede da Secretaria de Educação, como pretendia fazer o governo anterior.

Segundo a prefeitura, a pesquisa foi feita e os resultados saíram somente no final do ano letivo. As mudanças devem gerar mais de 2 mil novas vagas e precisam ser colocadas em prática já em 2018. 

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