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A Multiplicar Empresa Automotiva, sediada em Contagem, usou as redes sociais, no final da noite da última quinta-feira (17), para confirmar o encerramento das atividades, atribuído, “exclusivamente”, ao “desequilíbrio financeiro derivado do crescente número de sinistros, aliado a uma série de dificuldades operacionais que inviabilizaram o cumprimento dos objetivos da associação”.
 
Na nota publicada na internet, a Multiplicar afirma que não serão enviados novos boletos e que todos os clientes que tiverem crédito a receber, “decorrente de sinistro ou de algum compromisso assumido, nos termos do estatuto e do regulamento da associação, serão atendidos para o planejamento e organização dos pagamentos”.
 
O texto orienta essas pessoas a enviarem um e-mail para o endereço eletrônico juridico.contagem@multiplicar24horas.com.br, em até 30 dias, para que seja agendado o atendimento e para que seja possível “promover um fluxo de pagamentos organizado, a fim de que sejam honradas todas as obrigações pendentes”.
 
Desde o início da semana, os clientes já estavam apreensivos com o destino incerto da empresa, depois que a unidade de Divinópolis, no Centro-Oeste de Minas Gerais – em funcionamento há menos de um ano –, fechou as portas e teria deixado os associados no prejuízo.
 
Reclamações
 
Nesta sexta-feira (18), o Procon Contagem informou que recebeu várias ligações, após o comunicado da empresa, e que já fez diversos atendimentos a consumidores em busca de orientações.
 
Segundo o órgão de defesa, uma equipe de fiscalização esteve no endereço da seguradora no bairro Novo Eldorado, pela manhã, constatou que o imóvel estava fechado e não conseguiu apurar nenhuma informação sobre o paradeiro do proprietário nem de funcionários.
 
Vários associados também estiveram no local, na tentativa de encontrar alguém que respondesse pela associação ou fizesse o cancelamento do contrato.
 
A superintendente do Procon Contagem, Rariúcha Amarante Braga Augusto, orienta os consumidores que tiverem sido lesados a registrar um boletim de ocorrência e acionar a Delegacia do Consumidor, o Juizado Especial ou a Justiça comum, já que o órgão “não possui mecanismos que possibilitem o processamento das reclamações por meio da via administrativa, haja visto que todas as formas de notificações estarão frustradas, uma vez que não é possível contatar ou localizar os responsáveis pelo estabelecimento”, conforme informado pelo Procon.
 
A reportagem do Diário de Contagem tentou entrar em contato com algum representante da Multiplicar, mas, até a publicação desta matéria, não havia conseguido falar com ninguém.

Leia a nota da empresa na íntegra: