Data de publicação: 09-06-2018 16:49:00

Micropeças teatrais entram em cartaz em Contagem

Jornal Diário de Contagem On-Line
Cena do espetáculo “Sapato Bicolor”
 
Foto: Marco Aurélio Prates/Divulgação
 
Um formato inusitado de apresentação teatral entrará em cartaz em Contagem, a partir da próxima sexta-feira (8). O projeto La Movida In Box levará para a Praça da Jabuticaba micropeças apresentadas em contêineres, que serão transformados em micro salas de teatro.
 
O formato, inédito no Brasil, de acordo com os organizadores do evento, consiste em espetáculos de 15 minutos, apresentados em espaços de até 15 metros quadrados, para um público máximo de 15 pessoas, com limite de três atores em cada cena.
 
Até domingo (10), o público poderá assistir às apresentações. O acesso à estrutura na praça será gratuito e poderá ser feito a partir das 17h. Os ingressos de cada micropeça custam R$ 6 (vendas somente no local). As sessões terão início sempre às 19h.
 
Inspiração
 
O La Movida In Box foi desenvolvido pela publicitária e produtora Clarice Castanheira e pelo ator e produtor Marco Túlio Zerlotini, a partir da primeira temporada do La Movida Microteatro Bar, única experiência do formato em Belo Horizonte.
 
Esse modelo de micropeça foi criado em Madri, na Espanha, em 2009.
 
Programação
 
De 08 a 10/06
“Saci”, Grupo Trama de Teatro, de Contagem.
Contêiner 1 – Sessões às 19:00, 19:45, 20:30 e 21:15
Classificação etária: livre
O Saci Pererê faz parte do imaginário da cultura brasileira. Diz a lenda que ele não é apenas um brincalhão ou um espírito endiabrado e que seria apenas um exímio conhecedor das propriedades medicinais das ervas e raízes das nossas florestas. Se alguém precisa entrar na mata e pegar algo, portanto, tem que pedir autorização ao Saci, pois se entrar sem sua permissão, fatalmente será alvo de suas travessuras. O grupo Trama traz o Saci à cena e, de forma lúdica e delicada, propõe um novo olhar para esta criatura lendária do folclore brasileiro e suas múltiplas representações na sociedade atual. A estreia da micropeça Saci, dentro da programação do La Movida In Box, integra as ações de celebração de 20 anos do Grupo.
Ficha técnica
Roteiro e atuação: Carlos Henrique
Direção: Elisa Santana
Iluminação: Jésus Lataliza e Rodrigo Marçal
Foto: Andréia Carvalho
Produção: Patricia Matos
 
De 08 a 10/06
“SORTEASUA”, Coletivo Artesania, de Uberlândia.
Contêiner 2 – Sessões às 19:10, 19:55, 20:40, 21:25
Classificação etária: livre
O Coletivo Artesania, formado por quatro artistas, docentes e pesquisadores em Artes Cênicas na cidade de Uberlândia-MG, foi criado para a concepção da micropeça SORTEASUA, a convite do Projeto La Movida In box. A partir do questionamento “Como chegamos onde estamos?” como um provocador simbólico para o processo de criação cênica, o coletivo se depara com a questão do mito da meritocracia, como fator determinante dos processos capitalistas de inserção, valorização e garantia dos espaços e funções sociais desempenhadas no âmbito do sucesso pessoal e profissional. A micropeça inspira-se no cartoon On a Plate, de Toby Morris, e na estrutura improvisacional do jogo popular “Quem sou eu”, para levantar um debate que mescla relatos ficcionais em improviso e experiências pessoais do espaço social em que vivem e produzem os artistas envolvidos, indícios de incoerência e injustiça que constroem a base de um sistema pautado na noção do mérito e do corrupto pelos mesmos parâmetros.
Os três personagens dividem um mesmo espaço de celebração: aguardam a virada do ano enquanto comungam desejos, relatos e uma cartela da Mega Sena. Enquanto a contagem regressiva se aproxima, os atores – mesclando cenas dramáticas e narrativas – entrelaçam histórias de resistência, poder e limitação, perpassando discursos sobre classe, etnia, herança e abuso como mobilizações de suas experiências até o presente da ação dramática. Resta aos sujeitos da ação a desmedida de quais circunstâncias os tornam protagonistas de suas próprias histórias
Ficha Técnica
Texto: Rafael Lorran
Elenco: Maria de Maria, Rafael Lorran e Talita Barros
Diretor/Provocador: Jarbas Siqueira
Registro Audiovisual e Fotos: Luciano Pacchioni
 
De 08 a 10/06
“Filofobia”, grupo In-Cena, de Teófilo Otoni.
Contêiner 3 - Sessões às 19:20, 20:05, 20:50, 21:35
Classificação etária: 16 anos
Filofobia, o novo trabalho do Grupo In-Cena de Teatro, de Teófilo Otoni, é uma virada estética em sua produção, bem como na de seus parceiros. Lá, à marginalidade e a luta política, temas recorrentes nos seus trabalhos, são deslocados do ano corrente e largadas em um futuro sem demarcação, mas não tão distante do hoje.
Há uma mudança discursiva, não se fala das mazelas cotidianas, mas das consequências geradas pelo processo de exploração máxima de todas as camadas do ser humano até que, então, ele seja apenas mais um animal sobrevivendo no caos por ele mesmo criado. O humano só no mundo e carente de tudo que é mais básico para sua vivência: água, comida, amor.
Com objetivo de explorar os limites, tanto como estética da cena, quanto discursivamente, o Grupo cria uma história distópica e, nessa investigação, busca imaginar o corpo, o cenário e o figurino de um sujeito na baliza da sobrevivência. O que sobraria desse sujeito e o que ele levaria de sentido no corpo e na alma? A pergunta mais fundamental é: nesse mundo que assiste o seu fim cabe alguma forma de amar?
Ficha Técnica
Dramaturgia: Marcos Fábio de Faria
Direção: André Luiz Dias
Atriz: Luanna Aragão
Cenário e Figurino: Margot Souza e Alysson Wander
Preparação Corporal: Natália Chaves
Música: Bia Nogueira
Produção: Florisvaldo Júnior
Foto e Vídeo: Florisvaldo Júnior
 
Dia 08/06
“Souvenir”, com Janaína Morse
Contêiner 4 - Sessões às 19:30, 20:15, 21:00 e 21:45
Classificação etária: 12 anos
Segundo trabalho solo de palhaça da artista Janaína Morse, desta vez sob a direção de Robson Vieira. A criação de "Souvenir", em 2017, marcou os 10 anos de investigação de Janaína Morse no caminho da palhaçaria. Trata-se de um encontro entre público e palhaça, para juntos experimentarem o significado literal da palavra Souvenir. Lembrança em seus múltiplos sentidos e memória em suas amplas possibilidades. Um convite a reflexão sobre tempo e escolhas, com uma dramaturgia viva e em movimento, somado a personalidade da palhaça Brisa, em estado de graça e poesia.
Ficha Técnica
Criação e atuação: Janaína Morse
Direção e iluminação: Robson Vieira
 
Dia 09/06
“Sala de Esquecer”, com Raquel Pedras e Cristiano Araújo
Contêiner 4 - Sessões às 19:30, 20;15, 21:00 e 21:45
Classificação etária: 12 anos
Uma mulher e um homem chegam na “Sala de Esquecer” e se deparam com a resposta inevitável da vida.
Nessa micropeça, Cristiano Araújo e Raquel Pedras (que são atores e criam juntos há mais de 15 anos) trabalham com uma dramaturgia própria, e experimentam o lugar da cena, seus efeitos e construção.
Ficha Técnica
Concepção e Atuação: Cristiano Araújo e Raquel Pedras
Dramaturgia: Raquel Pedras
Cenário: Raquel Pedras e Cristiano Araújo
Iluminação: Cristiano Araújo
 
Dia 10/06
“Sapato Bicolor”, com Fabiano Persi
Contêiner 4 - Sessões às 19:30, 20:15, 21:00 e 21:45
Classificação etária: 12 anos
Sapato Bicolor traz a história de um simples engraxate que tem como paixão a dança e a Soul Music. Nos finais de semana ele coloca suas roupas típicas dos anos 70 e encontra os amigos para ir ao Baile. É como um ritual. Antes de sair põe um Soul na vitrola, veste sua calça boca de sino, sua camisa estampada, o paletó e ensaia uns passos em frente ao espelho. Dá a última checada no cabelo e coloca o sapato bicolor. É hora de treinar o giro antes de sair de casa. Pronto e animado, pega sua garrafa de água e sai para comprar um terno novo, afinal, é neste dia que ele terá uma entrevista para falar sobre a Soul Music, e ele quer estar bem alinhado. No caminho de casa, acontece o inesperado: policiais dão uma “batida” no engraxate e o revistam de forma rude e preconceituosa. Ele é levado para delegacia - por não portar a carteira de identidade - e sofre um interrogatório abusivo. De volta pra casa, atordoado, prepara-se para dar a entrevista sem esquecer os preconceitos que vive diariamente por ser pobre, negro e amante da cultura Black. Mas se lembra que mesmo sendo um simples engraxate é um homem realizado por encontrar no Baile amigos e espaço para fazer o que mais gosta nessa vida: dançar!
Ficha Técnica
Atuação e concepção: Fabiano Persi
Direção: Polyana Horta
Texto e Dramaturgia: Edu Costa, Fabiano Persi
Participação: Cláudio Marcio
Trilha Sonora: Marcus Frederico e Fabiano Persi
Sonoplastia: Rildo Ferreira
Iluminação: Polyana Horta
Contra Regragem: Vitor Emanuel
Concepção Cenográfica: Fabiano Persi, Rogério Alves e Antônio Lima
Voz Off: Davi Caetano
Fotos: Leila Verçosa e Marco Aurélio Prates
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