Foto: Prefeitura de Ibiá/Divulgação

 
Treze trabalhadores foram resgatados em duas carvoarias em Ibiá, no Alto Paranaíba, durante uma operação conduzida pela auditoria-fiscal do Trabalho da Secretaria Especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, com o apoio da Polícia Militar e da Polícia Rodoviária Federal. O grupo vivia em condições análogas à de trabalho escravo.
 
De acordo com a pasta, em um dos locais, eles dormiam em um barracão de lona e madeira coberto com telha de amianto, sem infraestrutura, higiene nem privacidade. No outro, os empregados vinham tomando banho de água fria há 15 dias devido a problemas nas instalações elétricas. Além disso, os resgatados relataram que um dos empregadores vendia produtos a preços abusivos e anotava as compras em uma caderneta para descontar dos salários depois.
 
Segundo o Ministério da Economia, entre os 13 trabalhadores, apenas um tinha a carteira de trabalho assinada. Nenhum deles recebia equipamentos de proteção individual, tinha acesso a instalações sanitárias, água potável nem local adequado para fazer as refeições. As necessidades fisiológicas eram feitas em áreas de mata próximas.
 
“O grupo teve seus contratos de trabalho rescindidos, recebeu atendimento de assistência social e foi encaminhado de volta às suas cidades de origem. Eles também receberam todas as verbas rescisórias, que somam aproximadamente R$ 70 mil, e tiveram as guias de seguro-desemprego especial para resgatado emitidas”, conforme informado pelo ministério.
 
A operação de resgate ocorreu de 11 a 18 de novembro, mas só foi divulgada nesta terça-feira (26).