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As festividades de fim de ano podem não ser tão divertidas para os animais de estimação como são para os tutores. E a explicação para isso está em vários elementos, desde os fogos de artifício – cujo incômodo é mais óbvio – até a decoração de Natal.
Para evitar o excesso de agitação, de medo e até de estresse, o veterinário Marcello Machado dá algumas dicas de como aproveitar o Natal e a virada do ano ao lado do pet.
Decorações
Coisas luminosas e que balançam chamam a atenção dos gatos. Uma árvore de Natal decorada com muitos enfeites pode ser uma atração divertida, mas perigosa. O primeiro passo é escolher uma base forte e sólida para segurá-la, depois, cercá-la para que o felino não se aproxime. Prefira enfeites de plástico em vez de vidro, e pendure os mais delicados, sedutores e perigosos no topo.
“Gatos são curiosos e é importante distraí-los. Coloque brinquedos próximos à árvore ou até mesmo o arranhador, tirando, assim, a atenção do pet. Outro detalhe é impedir que ele mastigue o fio do pisca-pisca e tome um choque. Prefira fios que interrompam a corrente automaticamente quando danificados, e sempre desligue as luzes quando não estiver no local”, sugere Machado.
Ceias
Muitos tutores acabam partilhando alimentos das ceias com os pets. Isso prejudica a saúde e pode causar intoxicações sérias nos animais de estimação. Por exemplo, os cachorros possuem menos papilas gustativas do que o ser humano e não sentem com tanta intensidade os sabores. O principal vilão do cardápio é o chocolate, que pode ser tóxico para cães e gatos, já que o cacau possui teobromina – substância que pode gerar vômitos e diarreia.
“No lugar de comida caseira e petiscos, ofereça alimentos específicos. Os snacks podem ser oferecidos como agrado ou recompensa, inclusive em momentos de festa, quando os pets ficam olhando para o tutor implorando por um agrado”, aconselha o veterinário.
Fogos de artifício
A queima de fogos de artifício pode deixar cães e gatos agitados, com medo e até estressados. Snacks com triptofano podem proporcionar mais tranquilidade ao animal e colaborarem para acalmá-lo, além de proporcionarem bem-estar. A alimentação pode estar alinhada à dessensibilização – prática que costuma dar certo em muitos casos.
“O tutor deve colocar a TV ou o próprio celular em um volume baixo com sons de fogos de artifício para o cão se acostumar com aquele ambiente. Conforme ele vai se adaptando, o som deve aumentar gradativamente e, paralelamente a isso, dê um snack. Assim, ele associará o barulho a algo bom e perderá o medo. Caso o pet tenha comportamentos agressivos, evite pegá-lo no colo”, recomenda Machado.
Vai viajar com pet?
Primeiramente, planeje a viagem e faça um roteiro no qual consiga incluir o pet. Depois, pense em qual tipo de transporte irá usar. Caso utilize um automóvel, cães devem usar cintos de segurança e os gatinhos precisam ser transportados em caixas apropriadas. Cachorros de grande porte podem viajar no porta-malas, desde que tenha rede de proteção.
“Planeje paradas a cada duas ou três horas e tenha bastante água. Afinal, os cães sofrem mais com o calor do que nós e precisam ficar hidratados. Leve também uma quantidade suficiente da ração que o pet está acostumado a comer. Fique atento à carteirinha de vacinação do seu bichinho, leve os remédios que ele costuma tomar e os medicamentos para casos de emergência. Não esqueça de procurar antes de viajar uma clínica veterinária de referência no seu destino”.
Caso o cão ou o gato não viaje com você, algumas dicas também devem ser seguidas:
- Primeiramente, estude opções de hospedagem para cães e gatos ou pet sitter.
- Chame um amigo ou um familiar para cuidar do pet na sua ausência. É importante que seja alguém de confiança e que o animal se sinta confortável com a pessoa.
- Confira se todas as portas e janelas, mesmo as que possuem grades e telas, estão bem fechadas.
- Deixe brinquedos que ajudam a distrair o animal para mantê-lo ocupado com algo seguro e eficaz.
- Se puder, deixe uma camiseta ou algo que tenha seu cheiro. Isso faz com que o pet não se sinta tão sozinho.