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Rui Miguel*
 

“Às vezes, a simplicidade e o silêncio dizem mais que a eloquência planejada.”
 
William Shakespeare

 
Entre trilhões de possibilidades, não seria sensato e lógico que um planeta surgisse em algum lugar do universo com uma atmosfera que também suportasse seres vivos? Será que os humanos, daqui a 500 anos, vão descobrir como viajar na velocidade da luz? E viajando na velocidade da luz, visitar planetas que seriam impossíveis atualmente? E será possível encontrarem um planeta que abrigue o processo evolutivo de uma espécie que poderemos monitorar?
 
Mesmo descobrindo como viajar na velocidade da luz, o ser humano não conseguiria ir para a maior parte do universo, visto que muitos planetas estão a mais de cem anos-luz de distância e o homem talvez não vivesse o suficiente para ir e voltar.
 
Será que daqui a mil anos descobriremos o teletransporte? Ou como utilizar o buraco de minhoca? E descobrir o que tem além ou dentro de um buraco negro? A Terra nada mais é do que um simples planeta na imensidão desse universo ainda em expansão.
 
Quando a ciência achava que o Big Bang era o início de tudo, ela na verdade descobriu que ele foi apenas um acontecimento simples para a expansão do universo, e que ainda existe muita coisa a ser descoberta por trás desse evento.
 
Mas gostaria de lembrar que devemos nos preocupar com aquilo que realmente vale a pena.
 
Não se ocupe com o que não tem valor, não se prenda a problemas mesquinhos, não trate as pessoas de maneira maldosa, não deixe que a ignorância de uns acabe com o seu dia, não permita que uma fechada no trânsito comece uma briga, não perca tempo com quem não te dá valor. Ame, mesmo que seja do seu jeito: diferente, esquisito, mas ame. Algumas pessoas amam, mas não sabem como demonstrar. Mantenha seus amigos próximos ou vai acabar sozinho. Mantenha a família próxima, mas, ao contrário dos amigos, ela não te deixará só. Ame cada um de uma forma diferente, pois cada pessoa tem um jeito diferente de ser amado.
 
Não banalize seus sentimentos nem deixe outras pessoas julgá-los. Ou melhor: não se preocupe com o julgamento dos outros. Não julgue os sentimentos de alguém.
 
Confie no seu próprio talento e não deixe que comentários negativos te façam desistir do que você quer. Existem muitas pessoas que vão querer parar você, então, aproveite-as apenas para pegar impulso.
 
Aproveite cada momento da sua vida. Esforce-se para que toda ação tenha um objetivo maior. Ria mais. Sorria mais. Ria das piadas sem graça. Ria de você mesmo. Ria da morte. Não, não deixando de respeitá-la, mas lembrando-se de que ela é inevitável e que o mundo não para de girar. Recolha os cacos e levante-se.
 
Leia mais livros. Não se compare a revistas de beleza. Não torne a sua vida banal. Persista em mostrar o que você é e não o que você tem atualmente, pois tudo isso é vaidade. Volte do trabalho por caminhos diferentes. Não caia na rotina. Viva, não sobreviva.
 
Agradeça sempre que alguém for gentil com você. E se não forem, agradeça mesmo assim. A gentileza gera gentileza, a educação e a simpatia apartam o mau humor indesejável. Não deixe que uma pessoa mal-educada molde suas atitudes. Dê “bom dia” para ela, mesmo se ela não te cumprimentou. Não deixe que ela controle suas ações.
 
Case-se, forme uma família. Mas lembre-se: esteja certo da sua escolha, pois o tempo é curto para você procurar a parceira ou o parceiro ideal. Casamento é muito bom, mas quando se casa com a pessoa certa. Pessoas sem defeitos é impossível de se encontrar. Seja maleável. Não volúvel, e, sim, maleável.
 
Tenha um filho e, se possível, aproveitando para ser clichê, plante uma árvore. Mexa mais com a terra do que atualmente você faz.
 
Não jante ou almoce em frente à TV. Coma sempre com a família reunida à mesa. Você vai ver como isso fortalece os laços de amor e como vai fazer falta no futuro.
 
Somos tão pequenos em relação ao universo, que nossas dúvidas e preocupações tornam-se minúsculas comparadas às possibilidades e à grandeza dessa maravilha.
 
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*Rui Miguel cresceu em Contagem. É formado em engenharia de rede de computadores e especialista Microsoft. Tímido e paradoxalmente extrovertido. Misterioso e intrigante, mas com um senso de humor incrivelmente inteligente e sarcástico. Em 2007, teve os primeiros sintomas do Parkinson e, depois de seis meses, o diagnóstico foi confirmado. É autor do livro “Entrando no parkinson de diversões” e, em 2017, foi nomeado comendador e profissional do ano com o blog que fala sobre “como viver a vida e não apenas sobreviver” (www.ruimiguel.com.br). Também possui um canal no YouTube onde trata do mesmo assunto.
 
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