Foto: Corpo de Bombeiros/Divulgação
Depois de cinco meses interrompidos por conta da pandemia de Covid-19, foram retomados nesta quinta-feira (27) os trabalhos de buscas pelas vítimas do rompimento da barragem da mina Córrego do Feijão, em Brumadinho, na região metropolitana.
Desde que a tragédia aconteceu, em 25 de janeiro do ano passado, o Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais (CBMMG) vinha atuando ininterruptamente na região. Mas, em 21 de março último, a ação precisou ser paralisada.
A retomada está seguindo protocolos de segurança que visam evitar a contaminação e a disseminação do novo coronavírus. Entre as principais medidas estão a obrigatoriedade do uso de máscara cobrindo o nariz e a boca e de óculos de proteção durante o deslocamento para o local, inclusive dentro do veículo; a medição da temperatura antes e ao término do empenho; e a higienização constante das mãos com água e sabão ou álcool em gel 70%.
Os militares que se enquadram nos grupos de risco para a Covid-19 não atuarão na operação e os outros serão escalados somente após exames que confirmem aptidão para a ação, inclusive em relação à presença de metais pesados antes e após o trabalho, conforme protocolo específico.
Nova rotina
Os cuidados envolvem ainda o isolamento social durante o período de folga, que é de quatro dias – se possível, estendido a familiares próximos –; a ocupação dos veículos limitada a 50% do número de assentos disponíveis; e a higienização deles com álcool a cada nova viagem.
Nos refeitórios, as refeições serão servidas apenas em marmitex. Já os dormitórios e demais espaços foram adaptados para prevenir e reduzir riscos de infecção. Caso algum militar apresente febre e/ou tosse, congestão nasal, dificuldade para respirar, falta de ar, dor de garganta, dores no corpo, dor de cabeça, ele deverá comunicar o chefe da frente/direto e solicitar uma avaliação médica no Posto de Saúde Avançado.
O rompimento da barragem causou a morte de 270 pessoas, entre funcionários da Vale e de empresas terceirizadas, moradores e comerciantes locais. Mais de um ano e meio após a tragédia, 11 vítimas ainda não foram localizadas. O episódio é considerado um dos maiores desastres ambientais da história brasileira.