Data de publicação: 02-05-2024 20:45:00 - Última alteração: 13-05-2024 03:37:13

Missa do trabalhador atrai fiéis à praça da Cemig, em Contagem

Fotos: Robson Rodrigues

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A tradicional missa em homenagem ao Dia do Trabalhador e a São José Operário, completou 48 anos, nesta quarta-feira (1º/5). Desta vez, a celebração foi presidida pelo bispo auxiliar da Arquidiocese de Belo Horizonte, Dom Nivaldo dos Santos.

O tema da celebração foi “São José Operário, rogai por nossa fraterna amizade social” e os padres das comunidades de fé da Região Episcopal Nossa Senhora Aparecida (Rensa), fizeram parte da santa missa.

Antes do início da missa, membros da sociedade civil organizada e sindicalistas, protestaram contra a precarização do trabalho e contra a destruição no meio ambiente em toda Região Metropolitana de Belo Horizonte - RMBH.


Esse ano, o artista plástico, ambientalista e professor, Severino Iabá, a frente do Coletivo Lambuzados, completou 25 anos de inúmeras intervenções artísticas abordando questões sociais e ambientais na Missa do Trabalhador. 

Empunhando estandartes com protestos e roupas sujas de lama, o grupo Lambuzados, protesta contra os crimes da mineradora Vale ocorrido em Mariana e em Brumadinho, e defende as serras e rios de Minas que estão constantemente ameaçadas pela mineração e atualmente, ameaçadas pela construção do Rodoanel Metropolitano. 


Os crimes da Vale que completou cinco em Brumadinho e oito anos em Mariana, até hoje, ninguém foi condenado e ainda existem comunidades que não foram reconhecidas como atingidos e também não receberam nenhuma indenização. Os palestinos que sofrem com os ataques de Israel, na Faixa de Gaza, também foram lembrados.


Em cerca de 40 minutos de homilia, Dom Nivaldo também foi bastante enfático ao responsabilizar os empresários e a classe política, pela constante precarização do trabalho causada pela falta de regulamentação dos aplicativos de entregas e pela automatização da produção industrial.

Segundo o bispo auxiliar de BH, “os trabalhadores são enganados e escravizados pela uberização e pela falsas vantagens de prestar serviços por meio da constituição da Pessoa Jurídica - PJ ou do Microempreendedor Individual (MEI), em detrimento do tradicional  regime de Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, onde o trabalhador possui uma série de benefícios e a carteira assinada”, ressaltou. 


Dom Nivaldo finalizou a celebração, jogando água menta nos fiéis que seguravam chaves, carteiras de trabalho e outros objetos importantes para o trabalhador. Ele também autorizou que as pessoas levassem as flores que ornamentaram o altar da missa.

Ao lado, do altar e que outras partes do local, voluntários que participam do Plebiscito em Defesa das Estatais de MG, recolheram votos para saber se a população concorda com a privatização da Cemig, Copasa, Gasmig e Codemig, esta última, empresa bastante lucrativa que administra a exploração de nióbio em Minas Gerais,matéria prima para a industria eletrônica e para a produção de baterias para os veículos elétrico. A votação do Plebiscito que começou dia 19/04 e terminou neste 1º de maio.

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