Data de publicação: 27-08-2024 23:48:00 - Última alteração: 27-08-2024 23:54:28

Casal é indiciado pela PCMG por morte das filhas gêmeas de 8 meses

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Foto: PCMG

A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) concluiu o inquérito que resultou no indiciamento de um casal pela morte das próprias filhas gêmeas, de apenas 8 meses. A mãe, de 28 anos, e o pai, de 31, foram responsabilizados pelos crimes de homicídio qualificado por motivo fútil, meio cruel e recurso que dificultou a defesa das vítimas, além de ocultação de cadáver e tortura.

Segundo as investigações, uma das gêmeas foi morta em 29 de julho de 2023, no bairro Jardim Teresópolis, em Betim, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH).

O corpo da criança foi ocultado no dia seguinte, próximo a uma linha férrea na divisa entre Contagem e Betim. A segunda gêmea foi morta em 11 de agosto de 2023, também em Betim, e seu corpo foi abandonado à beira da BR-381 no mesmo dia.

A chefe do Departamento Estadual de Investigação de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), delegada-geral Alessandra Wilke, destacou a crueldade dos crimes. "O que mais assusta nessa história é que as mortes não foram nem no mesmo dia, para dizer que foi uma situação impensada, no desespero. As mortes tiveram um espaço de aproximadamente um mês", enfatizou a delegada.

Investigações

A Polícia Civil foi informada sobre o homicídio e a ocultação dos corpos por meio de uma denúncia anônima recebida em 7 de julho de 2024.

Após apurações, no dia 12 de julho, a mãe das crianças foi localizada no bairro Vila Rica, em Sabará, e confessou sua presença nos crimes, responsabilizando o companheiro pelas execuções. Ela foi presa por ocultação de cadáver e teve a prisão convertida em preventiva.

O pai, que estava foragido, foi preso preventivamente no dia 25 de julho de 2024. Ele confessou os crimes, apresentando uma versão que, embora diferente da da mulher, era compatível com as provas reunidas.

Detalhes dos Crimes

Em depoimento, o pai relatou que, em 29 de julho, uma das bebês começou a chorar insistentemente, e a mãe colocou uma meia na boca da criança, que acabou morrendo sufocada. Após a morte, o casal foi a uma festa junina em Betim, levando a filha morta no carrinho, ao lado da gêmea viva, e até tirou fotos que foram postadas nas redes sociais.

No mês seguinte, a mãe teria se irritado novamente com o choro da outra filha, sacudindo-a com violência até que a criança desfalecesse. A bebê foi deixada no berço, onde sofreu por sete dias até morrer. O casal ocultou o corpo da segunda filha e, em seguida, jantou e se hospedou em um hotel.

Revelação dos Crimes

Os crimes vieram à tona após o término do relacionamento entre os suspeitos em junho de 2024, quando o pai começou a ameaçar a ex-companheira, afirmando que tornaria público o que havia acontecido. Ele mesmo realizou a denúncia anônima que levou à investigação.

Apesar dos esforços da PCMG, os corpos das crianças não foram localizados devido ao tempo decorrido, condições climáticas e a fragilidade dos corpos.

A Polícia Civil de Minas Gerais continua empenhada em elucidar casos de desaparecimento e homicídio. Denúncias podem ser feitas anonimamente pelo Disque 181.
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