Foto: Guilherme Orzil / Divulgação
O Centro de Arte Popular (CAP), em Belo Horizonte, inaugurou na quinta-feira (19), a exposição "A Beleza do Imperfeito", que reúne obras criadas por recuperandos do sistema prisional e da Associação de Proteção e Assistência aos Condenados (Apac).
A exposição, promovida pela Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult-MG), ficará aberta ao público até o dia 20 de outubro.
A mostra tem como objetivo principal provocar reflexões sobre temas como liberdade, família, fé, educação e sobrevivência no cárcere. Além disso, a exposição busca aproximar o público da complexidade vivida por aqueles que estão em situação de privação de liberdade.
O professor universitário e um dos curadores, Tio Flávio, destaca que a exposição traz "cartas escritas num projeto de educação", que permitem uma interação entre o encarcerado e o leitor em liberdade.
“É uma forma de conectar duas realidades que, embora diferentes, compartilham de muitas semelhanças”, afirma.
Com curadoria coletiva de Tio Flávio, Varda Kendler, Mariângela Souza e outros nomes, "A Beleza do Imperfeito" integra a programação da 18ª Primavera dos Museus, entre os dias 23 e 29 de setembro, com o tema “Museus, acessibilidade e inclusão”.
A exposição ressalta a importância de dar visibilidade a obras de pessoas marginalizadas pelo sistema e promover sua inserção em espaços culturais.
Segundo dados do Ministério da Justiça, o número de pessoas privadas de liberdade no Brasil ultrapassa 850 mil. A exposição traz à tona a relevância da educação, arte e cultura como ferramentas para a inclusão social e reabilitação.
Serviço:
- Exposição: "A Beleza do Imperfeito"
- Abertura: Quinta-feira (19), às 19h
- Período de visitação: 19/9 a 20/10
- Local: Centro de Arte Popular – Rua Gonçalves Dias, 1608, Lourdes, BH
- Horário de funcionamento: Terça a sexta-feira, 12h às 18:30h; sábado, domingo e feriados, 11h às 17h
- Entrada gratuita
Fonte: Agência Minas