Foto: Divulgaçãoo SindUte
Professores e dirigentes do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (SindUte) em Contagem realizaram, na manhã desta terça-feira (26), um ato na sede da Secretaria Municipal de Educação para protestar contra mudanças na gestão escolar e exigir negociações com a prefeitura.
O sindicato denuncia o fechamento de escolas, turnos e turmas, afetando especialmente a Educação de Jovens e Adultos (EJA). O ato teve como pauta principal a reabertura das escolas e a defesa de uma educação pública, gratuita e de qualidade para todos.
Segundo o SindUte, essas medidas fazem parte de um esforço de corte de gastos que compromete a qualidade da educação e deixa estudantes sem acesso às unidades escolares, além de colocar trabalhadores em situação de excedência.
"População paga o preço"
De acordo com o SindUte, “em nome dos cortes de gastos, a Prefeitura de Contagem promove a precarização da educação, deixando estudantes sem escolas e trabalhadores da educação na condição de excedentes. A prefeitura economiza, mas quem paga o preço é a população”, criticou o sindicato.
Reivindicações da categoria
Na quarta-feira (13), os trabalhadores em educação da Rede Municipal e da FUNEC já haviam se reunido para tratar dos impactos das mudanças implementadas pela Secretaria de Educação de Contagem (SEDUC). Eles alertam para a desorganização na rede de ensino e criticam a falta de diálogo com professores, alunos e pais.
O professor e sindicalista Gustavo Olimpio (PSTU) comparou as atuais políticas educacionais com as adotadas na gestão do ex-prefeito Alexis de Freitas.
“As mudanças estão sendo feitas sem qualquer discussão com a comunidade escolar, repetindo uma prática que já prejudicou o ensino público no passado”, afirmou Olímpio.
Nota da prefeitura
A Secretaria de Educação informa que a oferta da EJA permanecerá em todas as unidades escolares e espaços alternativos, conforme a demanda por matrículas. A Prefeitura de Contagem respeita a autonomia da categoria na definição das pautas de reivindicações e o direito de todos se manifestarem.
A mobilização segue com o objetivo de pressionar a administração municipal a rever as mudanças e garantir a participação da comunidade escolar nas decisões relacionadas à educação.