Fotos: Agência Brasil
Editorial - O estado de saúde do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do prefeito de Belo Horizonte, Fuad Noman, desperta nossa solidariedade e nossos votos de pronta recuperação.
Esses líderes desempenham papéis fundamentais para o país e nossa capital, e a recuperação do presidente e do prefeito é motivo de preocupação para todos os brasileiros e mineiros.
Também nesse momento nos convida a uma reflexão sobre o acesso à saúde no Brasil.
Enquanto a maioria da população depende do Sistema Único de Saúde (SUS), muitos dos nossos representantes políticos utilizam hospitais privados de excelência, como o Sírio-Libanês/SP e o Mater Dei/BH, que estão fora do alcance da maioria dos cidadãos brasileiros.
Essa realidade evidencia um contraste que merece ser discutido com responsabilidade.
O SUS é um dos maiores sistemas públicos de saúde do mundo, essencial para milhões de brasileiros. Durante a pandemia, ele se mostrou indispensável, mas também expôs fragilidades, como a falta de recursos, longas filas e limitações de atendimento.
Uma possível solução para esses problemas seria o envolvimento direto dos nossos líderes com o sistema público. Se os políticos utilizassem o SUS, como a maioria dos brasileiros, estariam mais próximos da realidade vivida pela população e poderiam identificar e corrigir as falhas de forma mais efetiva.
Essa é uma sugestão construtiva, isso porque, ao utilizar o SUS, nossos representantes dariam exemplo e agiriam como agentes de transformação, aumentando a fiscalização, destinando mais recursos e implementando políticas públicas que fortalecem o sistema.
A saúde não deve ser um privilégio, mas um direito universal. Os brasileiros sonham com um SUS fortalecido, capaz de atender a todos com dignidade e eficiência.
Segundo o próprio presidente Lula, em uma semana ele foi submetido a cinco tomografias computadorizadas. Já os cidadão comuns, para se conseguir um único exame de imagens pode demorar e até lhe custar a vida.
Então, se os nossos líderes políticos aceitassem o desafio de utilizar o atendimento do SUS na sua integralidade, seria uma contribuição para o sistema. Talvez, assim, o sistema de saúde público se torne, de fato, motivo de orgulho para todos os brasileiros.
Jornal Diário de Contagem
Robson Rodrigues
Jornalista Editor