Foto: Senado
A Advocacia-Geral da União (AGU) acionou, nesta quarta-feira (18/12), a Polícia Federal (PF) e a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para investigar postagens que espalharam desinformação sobre a política monetária brasileira e atribuíram falsas declarações ao futuro presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo.
A iniciativa busca apurar possíveis crimes contra o mercado de capitais, conforme a legislação vigente.
As postagens, realizadas na última terça-feira (17/12) por um perfil na rede social X (antigo Twitter), foram rapidamente desmentidas pelo Banco Central, mas já haviam causado impacto no mercado financeiro.
As informações falsas geraram especulação que influenciou negativamente a cotação do dólar e a percepção de investidores, levando à queda nos valores negociados no mercado de capitais.
Segundo a AGU, as condutas podem configurar crime de manipulação de mercado, conforme o artigo 27-C da Lei nº 6.385/1976, que regula o mercado de valores mobiliários.
A Procuradoria Nacional da União de Defesa da Democracia (PNDD), responsável pelo encaminhamento do caso, destacou o alto potencial de danos econômicos causado por boatos nesse contexto.
Declarações da AGU e Defesa da Democracia
A procuradora Karina Nathércia Lopes enfatizou que o ecossistema digital deve promover informação confiável e precisa, condenando o uso de plataformas digitais para espalhar desinformação.
“Essas práticas podem prejudicar não apenas a legitimidade das instituições democráticas, mas também comprometer o funcionamento eficiente do Estado Democrático de Direito”, afirmou Lopes.
Quem é Gabriel Galípolo?
Gabriel Galípolo, atual diretor de Política Monetária do Banco Central, foi indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para presidir a instituição. Galípolo foi aprovado em outubro, após sabatina no Senado Federal. Ele assumirá a presidência do Banco Central em 2025.
Fonte: AGU