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Na última década, os sistemas de pagamento digitais revolucionaram a forma como as transações financeiras são realizadas. O M-Pesa, do Quênia, lançado em 2007, e o Pix, do Brasil, lançado em 2020, são dois exemplos dessa transformação.
Embora ambos ofereçam transações instantâneas e acessíveis, as características refletem as realidades tecnológicas e socioeconômicas distintas.
Tecnologias diferentes, mesmo propósito
O M-Pesa foi criado para funcionar em contextos com infraestrutura digital limitada, utiliza SMS e menus no cartão SIM dos celulares. Já o Pix se baseia em uma infraestrutura bancária moderna, usa aplicativos, internet e QR Codes, e foi criado para um ambiente já digitalizado.
Acesso e funcionamento
O M-Pesa é vinculado ao número de telefone e opera, em grande parte, por meio de agentes físicos (lojas que fazem conversão de dinheiro em e-float). Os usuários não precisam ter internet e nem contas bancárias. Já o Pix foi criado para ser integrado às contas bancárias, dispensa os agentes físicos e tem diversas funções disponíveis no aplicativo.
Tipos de transações
Ambos oferecem transferências e pagamentos, mas o Pix tem uma gama mais ampla de funcionalidades, como Pix Saque e Pix Troco, pagamentos por QR Code, contas e e-commerce, integrados ao sistema financeiro nacional.
Custos e regulação
O M-Pesa pode envolver taxas em algumas operações, especialmente saques. Já o Pix é “gratuito” para pessoas físicas na maioria das transações, mas há cobranças para empresas, a depender da instituição financeira.
Em termos de regulação, o M-Pesa é supervisionado por autoridades financeiras locais. O Pix é gerido pelo Banco Central do Brasil, que garante regras claras de segurança e padronização. Pela movimentação do PIX, que é vinculada à conta bancária do usuário, o governo consegue monitorar e detectar possíveis sonegação.
Impacto e abrangência
O M-Pesa teve um impacto profundo no acesso financeiro em regiões da África, especialmente onde o sistema bancário era precário. Já o Pix promoveu inclusão financeira em larga escala no Brasil, com milhões de transações diárias e adesão rápida por parte da população.
Conclusão
M-Pesa e Pix são soluções moldadas pelas necessidades e oportunidades em cada contexto. Ambos cumprem papéis fundamentais na inclusão financeira. O M-Pesa surgiu em 2007 como uma solução inovadora para mercados emergentes com infraestrutura limitada. Gratuito. Já o Pix é um modelo avançado e universal de pagamento instantâneo totalmente integrado ao sistema financeiro formal. Gratuito, mas não muito!
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