Foto: PCMG
Aos 84 anos, a vítima foi traída por pessoa de confiança enquanto enfrentava tratamento contra o câncer. A mulher suspeita foi presa pela Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) , na manhã da sexta-feira (6/6).
O crime, que chocou pela relação de confiança entre as duas, foi descoberto após a vítima desconfiar de movimentações financeiras suspeitas e procurar a polícia.
Apesar de ter apenas um parentesco distante, a suspeita era tratada como “sobrinha” pela vítima. A mulher foi alvo de mandado de prisão preventiva, além de mandados de busca e apreensão.
A operação resultou na apreensão de dois celulares, um notebook, uma CPU, um carro e documentos que comprovam o desvio. A Justiça também autorizou o sequestro de contas bancárias da investigada.
Investigações
A 4ª Delegacia de Polícia Noroeste, em Belo Horizonte, começou as investigações no início do ano. Segundo o delegado Artur Alberto Neves Vieira, o crime foi denunciado pela própria idosa, que desconfiou do comportamento da suposta sobrinha após constantes dificuldades financeiras, mesmo tendo recursos disponíveis em conta.
A suspeita passou a morar com a vítima em Belo Horizonte após o falecimento do marido da idosa e o início do tratamento contra um câncer. Com acesso à conta bancária da vítima, a “sobrinha” passou a controlar os recursos sob o pretexto de ajudar nos cuidados diários.
“Ela dizia que o dinheiro estava sendo gasto com táxi e sugeria que a tia começasse a usar transporte público para economizar”, contou o delegado.
A situação, no entanto, se agravou com a descoberta de uma transferência suspeita de R$ 200 mil diretamente para a conta da investigada, o que reforçou a desconfiança.
Vítima abalada emocionalmente
A idosa, ao perceber que a parente continuava gastando os recursos mesmo após sair da casa, decidiu procurar ajuda policial. A apuração revelou que todos os custos de vida da mulher estavam sendo bancados com o dinheiro da vítima, sem o consentimento.
“Ela ficou profundamente arrasada ao saber que a própria “sobrinha”, com quem mantinha uma relação de afeto e confiança, era a responsável pelo crime. Desde o primeiro contato, demonstrou muita dor com a traição”, relatou o delegado.
Investigações continuam
Embora a suspeita já esteja presa preventivamente, as investigações prosseguem com o objetivo de apurar o total dos valores desviados e identificar possíveis envolvidos ou cúmplices. A PCMG também vai analisar o material apreendido, que poderá trazer novas provas.
Serviço:
Denúncias: Casos de abuso financeiro, maus-tratos ou exploração contra idosos podem ser denunciados anonimamente:
Direitos Humanos: Disque 100
Polícia Civil de Minas Gerais: (31) 3915-9999
Delegacia Especializada de Proteção ao Idoso (em BH): (31) 3212-1212
Fonte: PCMG