Data de publicação: 19-06-2025 18:41:00

Francisco Cuoco, eterno galã da TV brasileira, morre aos 91 anos

Joel de Brito - Agulhas que Curam
Fotos: Redes Sociais

O Brasil se despede de um dos maiores nomes da história da televisão. Francisco Cuoco, ator símbolo da era de ouro das novelas, faleceu nesta quinta-feira (19/6), aos 91 anos, em São Paulo. 

Ele estava internado há cerca de 20 dias no Hospital Israelita Albert Einstein, enfrentando complicações de saúde causadas por uma infecção nos rins, condição que já vinha afetando sua locomoção nos últimos anos. A causa exata da morte ainda não foi oficialmente divulgada.

Cuoco marcou gerações com papéis icônicos como Carlão, em Pecado Capital (1975), e Cristiano, em Selva de Pedra (1972), dois marcos da dramaturgia da TV Globo, onde consolidou sua carreira. 

Também brilhou como o misterioso Herculano Quintanilha, de O Astro (1977), eternizando-se como o galã por excelência da televisão brasileira.

Nascido no bairro do Brás, na capital paulista, Francisco Cuoco teve origem humilde, ajudando o pai feirante italiano na barraca da família antes de descobrir sua vocação para a arte. 

Chegou a cursar Direito, mas logo se rendeu à paixão pela atuação, ingressando na Escola de Arte Dramática de Alfredo Mesquita, berço de muitos dos grandes nomes do teatro nacional.

A estreia nos palcos aconteceu com o Teatro Brasileiro de Comédia (TBC), e não demorou para que fosse premiado como melhor ator coadjuvante pela Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA) em 1964.

No mesmo período, teve passagens marcantes pelo Teatro dos Sete, dividindo o palco com Fernanda Montenegro, Fernando Torres e Ítalo Rossi. Na televisão, começou em 1963 na TV Rio, mas foi na TV Globo, a partir de 1970, que sua trajetória ganhou dimensão nacional. 

Ao longo de décadas, estrelou dezenas de novelas e séries, tornando-se um rosto amado pelo público e respeitado pela crítica.

O sucesso de Cuoco extrapolava a ficção. Imagens históricas o mostram cercado por multidões em locais públicos, como no Theatro Municipal de São Paulo, onde teve de ser escoltado pela polícia devido ao assédio de fãs — uma prova do fascínio que exercia sobre o imaginário popular.


Últimos anos e legado

Nos últimos anos, Cuoco viveu discretamente, longe dos holofotes, mas com reconhecimento constante por sua importância para a arte brasileira. Seu nome é lembrado com reverência entre atores, roteiristas e diretores que o consideram um mestre da interpretação e da presença de cena.

Com sua morte, encerra-se um capítulo brilhante da dramaturgia nacional, mas o legado de Francisco Cuoco permanecerá vivo nas reprises, nos arquivos da televisão e, sobretudo, na memória afetiva do público.

Até o momento, não foram divulgadas informações sobre o velório e o sepultamento do ator. 
 
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