Foto: Redes sociais
A cantora Preta Gil, que faleceu no último domingo (20/7) em Nova York, aos 50 anos, será velada no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, conforme era seu desejo. A cerimônia de despedida será nos próximos dias, já que o corpo deve chegar ao Brasil a partir desta quarta-feira (23).
A informação foi confirmada pela assessoria do pai da artista, o cantor Gilberto Gil. Preta deixou registrado o desejo de que o corpo fosse levado em cortejo em um trio elétrico. Seria uma última celebração que reflete a forte ligação com o Carnaval, com a música de rua, símbolos da carreira e da identidade cultural.
Ainda não há confirmação oficial se o corpo será enterrado ou cremado. A família cuida dos trâmites legais para o translado internacional e das decisões finais sobre a despedida.
A luta contra o câncer
Preta Gil lutava desde janeiro de 2023 contra um câncer no intestino, doença que enfrentou com coragem e transparência, tornando público cada passo de seu tratamento.
Após passar por quimioterapia e cirurgia, chegou a comemorar o fim dessa fase, mas em agosto de 2024 foi surpreendida pela volta da doença com metástases e novos tumores no sistema linfático, ureter e peritônio.
Em novembro, a cantora foi submetida a uma cirurgia de emergência para substituir um cateter e tratar cálculos renais, quando permaneceu internada.. No início de 2025, já nos Estados Unidos, ela passou a usar bolsa de colostomia definitiva e iniciou tratamento experimental com especialistas em Nova York.
A nova etapa do tratamento não teve os efeitos esperados, e Preta não resistiu às complicações do câncer. Mesmo diante da dor, ela continuou se comunicando com os fãs nas redes sociais, sempre com fé, amor e esperança.
Ícone da música e da diversidade
Filha de um dos maiores nomes da música brasileira, Gilberto Gil, Preta construiu a própria trajetória artística com personalidade, irreverência e carisma.
Além da carreira como cantora e atriz, ela se destacou como símbolo de liberdade, inclusão e autoestima, ao inspirar gerações com a defesa de causas sociais, em especial os direitos das mulheres, da comunidade LGBTQIA+ e das pessoas gordas.
Preta Gil também era uma figura central do Carnaval carioca, com o famoso "Bloco da Preta", que arrastava multidões pelas ruas do Rio. A música, o afeto e a representatividade de Preta Gil permanecerão vivos na memória cultural do Brasil.
Fonte: Assessoria de imprensa