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Artigo - Informações sobre leilão, sinistros, restrições e quilometragem podem influenciar no preço e na confiança na compra.
A compra de um veículo, seja novo para o proprietário, mas usado no histórico, vai muito além de avaliar pintura, pneus e estado do motor. Consultar o passado do automóvel é uma etapa que vem ganhando cada vez mais destaque no mercado, especialmente diante do crescimento da oferta de carros de segunda mão e da facilidade de acesso a dados digitais.
De veículos adquiridos em leilões até modelos que já foram usados no dia a dia, cada automóvel carrega um histórico que pode impactar seu valor de mercado, sua segurança e até a viabilidade de uso.
Leilões: oportunidades ou armadilhas
Comprar em leilão pode ser atrativo pelo preço mais baixo, mas também traz riscos. Muitos veículos leiloados foram recuperados de sinistros, apreendidos por financiamento não pago ou recolhidos por infrações.
Embora nem todo carro de leilão represente um problema, saber dessa origem é fundamental. Em alguns casos, o histórico de leilão pode afetar o seguro, reduzir o valor de revenda e indicar desgastes que não aparecem em uma avaliação superficial.
Sinistros e avarias estruturais
Outro ponto relevante na consulta de histórico é identificar se o veículo já passou por acidentes graves. Danos estruturais, mesmo reparados, podem comprometer a segurança e o desempenho, além de afetar a durabilidade de peças e sistemas.
A checagem de informações junto a seguradoras, Detrans e bases de dados privadas pode revelar registros de sinistros, laudos técnicos e trocas significativas de componentes. Para o comprador, esses dados ajudam a decidir se o preço pedido condiz com o estado real do bem.
Restrições administrativas e judiciais
Além de condições físicas, o histórico do veículo também pode expor restrições que impeçam a transferência de propriedade ou o uso regular. Dívidas de IPVA, multas não pagas, bloqueios judiciais e pendências de financiamento são exemplos comuns.
Detectar essas questões antes da compra evita surpresas desagradáveis, como não conseguir emplacar o carro ou ter que arcar com débitos que não foram gerados pelo novo dono.
Quilometragem e manutenção
A adulteração de hodômetro é uma prática ilegal, mas ainda registrada no mercado de usados. Consultar o histórico pode indicar a quilometragem real do veículo, comparando registros de inspeções, manutenções e vistorias.
Também é possível verificar se as revisões foram feitas dentro do prazo e em locais autorizados, o que agrega valor e confiança à negociação.
Serviços digitais facilitam a checagem
Se antes consultar o histórico de um veículo exigia idas presenciais a diferentes órgãos e empresas, hoje a tecnologia tornou o processo mais rápido e acessível. Aplicativos e plataformas online permitem que, com o número da placa ou do chassi, seja possível obter relatórios completos em poucos minutos. Inclusive, plataformas oficiais, como o Detran-MG para consulta de placas, por exemplo.
Essas ferramentas cruzam informações de bancos de dados públicos e privados, oferecendo uma visão ampla do passado do automóvel. Isso tem beneficiado não apenas compradores, mas também vendedores que desejam demonstrar transparência na negociação.
Num cenário em que a informação está cada vez mais acessível, deixar de realizar essa verificação é correr riscos desnecessários. Ao investir alguns minutos na checagem, o motorista pode evitar dores de cabeça, economizar no longo prazo e ter a certeza de que está levando para casa um carro que atende às suas expectativas de segurança e qualidade.
Fonte: Assessoria de imprensa