Foto: PBH
O ex-vigilante Ruan Nilton da Luz, de 39 anos, responsável pelo ataque a tiros que deixou duas pessoas mortas e outras seis feridas, logo após a vitória do presidente Lula, foi morto na manhã desta quarta-feira (10/9), em Belo Horizonte.
O crime ocorreu no Cersam (Centro de Referência em Saúde Mental) do Barreiro, onde o bolsonarista cumpria medida de tratamento psiquiátrico determinada pela Justiça.
Segundo a Polícia Militar, Ruan estava em uma sessão e quando saiu foi para fumar um cigarro na varanda da unidade, foi surpreendido por um homem que saltou da garupa de uma motocicleta e disparou 14 vezes contra ele.
A vítima tentou correr para dentro do prédio, mas foi perseguida e morta na entrada. Nenhum outro paciente ou servidor foi atingido. De acordo com o subinspetor da Guarda Municipal, Juscelino Silva, o ataque foi rápido e calculado.
“O atirador correu de volta, subiu na moto e fugiu em alta velocidade. A expectativa é que câmeras de segurança auxiliem na identificação dos envolvidos”, afirmou. Até o momento, não há pistas sobre os criminosos.
O massacre de 2022
O nome de Ruan ganhou notoriedade em 30 de outubro de 2022, dia do segundo turno das eleições presidenciais. Revoltado com a vitória de Lula, ele deixou sua casa armado no bairro Nova Cintra, Região Oeste da capital, e iniciou uma série de disparos.
Primeiro, atingiu duas mulheres de 40 e 47 anos, que sobreviveram após atendimento na UPA Oeste. Em seguida, fugiu por um beco até a Avenida Tereza Cristina, onde encontrou pessoas comemorando o resultado das urnas.
Ruan abriu fogo novamente, feriu oito pessoas, entre eles Pedro Henrique Dias Soares, de 28 anos, e a adolescente Luana Rafaela Oliveira Barcelos, de 12, que não resistiram aos ferimentos. Preso em flagrante, Ruan confessou ter atirado “aleatoriamente” contra os petistas.
Processo e indiciamento
O Ministério Público de Minas Gerais denunciou Ruan por duplo homicídio e tentativa de homicídio de outras seis vítimas, por motivo torpe. A denúncia consta que Ruan “matou e tentou matar porque não concordava com a posição política” dos atingidos. A Justiça aceitou a acusação e o tornou réu.
Na audiência de custódia, foi determinada a permanência em tratamento psiquiátrico no Cersam, medida que cumpria até a execução.
Fonte: PCMG