Data de publicação: 16-09-2025 01:03:00 - Última alteração: 16-09-2025 01:10:32

Exposição Favela Negra, retrata a luta e a resistência das periferias

Jornal Diário de Contagem On-Line
Foto: Josilene Vieira

A abertura da exposição “Favela Negra”, a arte em maquete de Nôxa Alvarenga, será no próximo sábado (20/9), às 15h, no Espaço Guêto, em Betim/MG. Entrada gratuita.

A obra materializa a trajetória musical e social do cantor e compositor, Celso Moretti, de 68 anos, considerado precursor do reggae em Minas.

A peça, com 1,9m de largura, 1,5m de altura e 4m de comprimento, foi feita com materiais recicláveis como papelão, arames, restos de tinta e cola. 

A maquete representa um aglomerado de barracos, com becos, escadas e miniaturas de pessoas, para compor um cenário favelístico.

Segundo o autor, a obra traduz a música de Moretti, especialmente a partir da criação do gênero Reggae Favela, nos anos 1990.

Nascido e criado na extinta favela Vila Nova Brasília, em Contagem, Celso Moretti aprovou a representação. Para o cantor, a obra é também um espelho de sua vivência. 

“Favela Negra” é título de uma das canções de Moretti, gravada em parceria com o historiador e militante negro Marcos Cardoso, no álbum Reggae Favela Periferia (2005).


A obra

Mais do que uma maquete, a obra é uma provocação social. Nos muros, as frases questionam a relação entre favela, cidade e Estado. “A favela é um estado de direito ou de poder?” e “É mais fácil o Brasil virar favela, ou a favela virar Brasil?”. 

A peça também ressalta a presença majoritária da população negra nos aglomerados, com uma cota simbólica de 20% de pessoas brancas, o que reforça a desigualdade estrutural.

Para Nôxa, “Favela Negra” é um retrato vivo, que não opina, apenas mostra. O trabalho busca aproximar diferentes camadas da sociedade, ao permitir que as pessoas que nunca entraram ou entrariam em uma favela possam enxergá-la em detalhes, os becos, as cores, as contradições e a força.

Favela Negra

Entre 1991 a 1995,  Celso Moretti pesquisou o reggae com mais profundidade e no final deste ciclo, criou um derivado do reggae jamaicano que o batizou de “Reggae Favela". 

A partir daí, a favela é uma cultura que mora dentro da história e carreira de Celso Moretti, que já gravou 8 álbuns, 3 coletâneas, 3 EPs, 1 DVD e 15 videoclipes oficiais. 


Serviço:

Exposição Favela Negra - Nôxa Alvarenga

Abertura no sábado (20/9), às 15h, no Espaço Guêto
Rua Leonardo Lopes Cançado, 60, bairro Bandeirinhas, Betim
Entrada gratuita

Fonte: Assessoria de imprensa
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